Um policial militar de 43 anos registrou boletim de ocorrência na CPJ (Central de Polícia Judiciária) relatando a tentativa de sequestro de seu filho, de dois anos, sábado, em um supermercado na região do bairro São Vito, em Americana.
Segundo informações do pai do menino, ele chegou ao estabelecimento com o filho por volta das 8h40 e havia cerca de 20 pessoas no local. O menino estava em pé dentro do carrinho de compras. “Eu tinha pegado um maço de hortelã e um peixe e paramos no açougue. Eu fiquei na frente do carrinho para mostrar a carne que eu queria para o açougueiro e quando olhei para traz o carrinho onde meu filho estava tinha desaparecido”, contou.
Ainda segundo o pai, ao perceber o ocorrido ele começou a gritar para fecharem as entradas do local. “Na hora, a mulher que estava na fila disse que uma senhora muito bem vestida pegou o carrinho com meu filho e que ela pensou que estava junto com a gente”.
O policial gritou para os seguranças irem até as entradas do local e correu para a entrada principal para pedir ajuda. “Corri lá para a entrada principal gritando por ajuda e os seguranças já ficaram nas entradas do supermercado. Passei a descrição do meu filho, que estava com um moletom azul e chegamos a procurá-lo, inclusive, no estacionamento”, lembrou.
O pânico durou cerca de 15 minutos e as pessoas começaram a se mobilizar para ajudá-lo a encontrar o filho.
O menino foi encontrado dentro do carrinho próximo à gôndola de carvão. O pai acredita que o tumulto assustou a suposta sequestradora, que abandonou a criança e fugiu. “Encontrei ele um pouco assustado. Eu acho que com o corre-corre e a mobilização das pessoas e dos seguranças a mulher assustou e abandonou ele, mas infelizmente fugiu do local sem ninguém ver”, afirmou.
Silva acredita que se tivesse demorado alguns minutos a mais para perceber a ação e alertar os seguranças, o menino teria sido levado. “Entre eu perceber, gritar para os seguranças e para o gerente e já correr para a porta da frente foi tudo muito rápido. Eu acho que se demorasse mais uns dois minutos ela teria conseguido sair com meu filho pelo corredor lateral. Não quero nem pensar”, falou.
“Ela só podia estar nos seguindo, pois pegou ele em questão de segundos. Para mim, ou ela é uma sequestradora ou alguma mulher que perdeu recentemente algum filho ou neto e está desesperada. Sou policial militar há 22 anos e não fui negligente em nenhum momento. Qualquer pessoa poderia ter passado por isso. Meu filho estava perto de mim o tempo todo, foi tudo muito rápido”, frisou.