
Um homem foi preso por crime ambiental, e uma empresa de reciclagem clandestina foi fechada pela Polícia Civil de Campinas nesta quarta-feira (5). Há a suspeita ainda de ligação da empresa irregular com um esquema de falsificação de bebidas.
Despejava resíduos no Rio Capivari
A operação foi realizada por policiais do 9º Distrito Policial de Campinas. A empresa funcionava na região da Chácara Santa Letícia. Segundo a Polícia Civil, o responsável pela empresa foi preso após a constatação de que a empresa despejava resíduos diretamente no Rio Capivari.
Durante a fiscalização, os agentes encontraram cerca de 40 toneladas de materiais recicláveis, como plásticos, papéis, vidros, ampolas vazias de medicamentos, entre outros. Parte dos resíduos estava acumulada a céu aberto, e uma parcela escorria diretamente para o curso d’água, provocando turvação, mau cheiro e acúmulo de detritos nas margens do rio. “O material efluente escoava para o leito do Capivari, causando contaminação visível e forte odor na área”, consta no relatório policial.
Detido se manteve em silêncio
O homem responsável pelo local optou por permanecer em silêncio durante o interrogatório. Ele pagou fiança de R$ 5 mil e foi liberado após as formalidades legais.

Desdobramento de operação anterior
Essa ação tem ligação com a investigação que, em outubro, desmantelou uma destilaria clandestina de bebidas adulteradas no Jardim Campo Belo, em Campinas. Naquela ocasião, os policiais apreenderam mais de 1.100 garrafas vazias e 18 garrafas cheias de bebidas com rótulos falsificados de marcas como Chivas, Johnnie Walker, Jack Daniel’s, Royal Salute e Grey Goose, além de equipamentos usados na falsificação.
A empresa de reciclagem descoberta nesta semana teria ligação com parte das embalagens apreendidas na operação anterior, o que levantou suspeitas sobre a origem e o destino de materiais usados para falsificação de bebidas alcoólicas.
Investigações continuam
As investigações continuam para rastrear a procedência e a possível reutilização dos vasilhames na produção clandestina de bebidas adulteradas, segundo a Polícia Civil.
Impacto ambiental e apuração técnica
A Perícia Técnica foi acionada para avaliar a extensão do dano ambiental. O laudo preliminar apontou contaminação do solo e da água por despejo direto de dejetos, o que pode configurar crime de poluição com risco à saúde pública e à fauna aquática.
Órgãos ambientais e de saneamento, incluindo a Cetesb e o Departamento de Água e Esgoto (DAE), foram comunicados para adotar as medidas corretivas e de monitoramento.





