sexta-feira, 19 abril 2024

Polícia de Campinas começa a ouvir depoimentos sobre o massacre na Catedral

Depois de uma semana do massacre na Catedral Metropolitana de Campinas, no qual morreram cinco pessoas, vítimas de Euler Fernando Grandolpho, que se suicidou em seguida, a polícia civil de Campinas começou nesta segunda-feira a ouvir as testemunhas do tiroteio e parentes do atirador.

O atentado aconteceu no dia 11 de dezembro, por volta de 13h25, após o término de uma missa. Grandolpho entrou na igreja, se sentou, levantou e começou a atirar aleatoriamente, matando quatro pessoas e ferindo mais quatro. A quinta vítima morreu um dia depois no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti.

Segundo informações do delegado do caso, Hamilton Caviola, os familiares do atirador seriam ouvidos hoje (17) no 1ºDP (Distrito Policial). Mas a pedido dos advogados da família, os depoimentos do pai e irmã de Grandolpho foram transferidos para o 5º DP “para preservá-los”.

Com os familiares a polícia quer saber como ele conseguiu dinheiro para comprar as armas, já que ele não trabalhava desde 2014, e  se a venda da moto do atirador em 2014 está ligada a essa compra. Além disso, o delegado espera conseguir esclarecer dúvidas sobre os passos dele antes do massacre e sua possível motivação.

Após os depoimentos do pai e da irmã, Caviola disse que as informações dadas não esclareceram as principais dúvidas levantadas em relação ao atirador. Só confirmaram o que a polícia já sabe sobre ele e o que pesquisaram no diário de anotações encontrado em seu quarto. Que ele não gostava de nenhuma religião e que ficou mais transtornado após as morte da mãe.

NOVAS OITIVAS
As oitivas seguem com as testemunhas do atentado, os quatro feridos e mais as pessoas que estavam dentro da igreja na hora do massacre e viram tudo o que aconteceu. Os policiais que entraram na Catedral e conseguiram alvejar Grandolpho antes de ele se matar também serão ouvidos.

Segundo o delegado José Henrique Ventura, diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter-2), nove pessoas devem ser intimadas para depor. A expectativa da polícia é agilizar as provas conseguidas através dos depoimentos para dar encaminhamento à investigação.

Além das oitivas, a PC quer detalhes se foram feitos atendimentos de saúde em Campinas e Valinhos por Grandolpho. O HC (Hospital das Clínicas) da Unicamp confirmou que o atirador era paciente e começou a ser atendido no começo do ano passado.

A polícia também espera pelos laudos periciais das armas utilizadas por Grandolpho no ataque para tentar levantar a origem das mesmas. A numeração das duas, o revólver calibre 38 e automática 9 mm, estavam apagadas dificultando a identificação.

 
 
 

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