segunda-feira, 25 novembro 2024

Polícia vai fiscalizar condutores com ‘bafômetro passivo’ na região

A Polícia Rodoviária vai começar a usar nas rodovias estaduais paulistas, a partir do feriado prolongado do Carnaval, entre os dias 21 e 26 de fevereiro, novos aparelhos para detecção de alcoolemia, chamados de “etilômetros passivos”. Diferente dos bafômetros tradicionais, o novo aparelho – já utilizado em vários Estados, inclusive em algumas regiões de São Paulo – é um pequeno bastão que capta a presença de álcool no ar, por aproximação, sem que seja preciso o condutor assoprar nada.

A ponta é luminosa e emite uma luz vermelha se houver presença de álcool, e verde, se não houver. O bafômetro passivo, contudo, apenas indica o consumo de álcool, mas não mede a quantidade no organismo da pessoa – o que é necessário para a aplicação de multa e outras sanções. Por isso, em caso de positivo no bafômetro passivo, será preciso fazer o teste à moda antiga.

Na região, a fiscalização com o bafômetro passivo a partir do Carnaval foi confirmada nesta semana pelo 4º BPRv (Batalhão de Polícia Rodoviária), responsável pelo patrulhamento nas rodovias estaduais que ligam São Paulo (SP) às regiões Norte, Oeste e Sudoeste do Estado, abrangendo 78 cidades, englobando cinco companhias, de Jundiaí, passando por Campinas, até Limeira e Arujá. Portanto, a fiscalização inclui todas as rodovias que cortam Americana, Nova Odessa, Santa Bárbara d´Oeste, Sumaré, Hortolândia, Paulínia e Campinas, como são os casos da Anhanguera (SP330), Bandeirantes (SP338), Luiz de Queiroz (SP304), Jornalista Francisco Aguirre Proença (SP- 101) e a Professor Zeferino Vaz (SP-332).

Economia e agilidade são as justificativas

O uso do novo sistema, segundo a Polícia Rodoviária, agiliza a fiscalização, já que se não for detectado uso de álcool, o motorista não precisa soprar o bafômetro. “O aparelho facilita bastante o nosso trabalho por questão de agilidade porque o motorista não precisa descer do carro. Na aproximação da cabine do veículo você consegue fazer a detecção da presença de álcool. Ele tem uma sensibilidade bem grande e ganha nessa agilidade”, explica José Hélio Macedo, porta-voz da PRF no estado do Rio de Janeiro, onde o aparelho já vem sendo usado desde 2019.

A Polícia também argumenta que o uso do bafômetro passivo também gera economia ao Estado, já que o etilômetro tradicional requer o uso de um bocal que custa em torno de R$ 2 a unidade. “Em uma fiscalização de alcoolemia você gastava diversos bocais e às vezes sem necessidade porque o condutor não estava embriagado. É uma melhoria até mesmo para quem está sendo fiscalizado, porque se não tiver nada de errado, ela vai embora mais rápido”, completa Macedo.

Segundo a Polícia Rodoviária, um motorista é preso por embriaguez e tem a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) apreendida caso seja flagrado dirigindo e o exame de alcoolemia indique resultado maior que 0,33 miligramas de álcool por litro de sangue. Recusar-se a fazer o exame que poderá confirmar o estado de embriaguez é considerada uma espécie de confissão de culpa e ao fazer isso, o suspeito também é autuado em flagrante.

EDSON SILVA E DA REDAÇÃO

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