O policial penal de 59 anos, acusado de uma serie de crimes que teriam sido cometidos contra a eposa vai a júri popular nesta quarta-feira (8), no Fórum de Santa Bárbara. Ele responderá pelos crimes de tentativa de feminicídio, tortura, violência doméstica e de ter agido com recurso que dificultou a defesa da vítima.
A sentença de pronúncia foi expedida em fevereiro, durante uma audiência virtual de instrução, debates e julgamento. O processo foi conduzido pela Vara Criminal de Santa Bárbara, e a denúncia apresentada pelo promotor de Justiça Rodrigo Aparecido Tiago. O réu está preso na Penitenciária “Dr. José Augusto Salgado”, em Tremembé (SP).
A advogada Fernanda Fachine, que atua como assistente de acusação, afirmou que não comentará detalhes do caso. Em nota, declarou: “Diante da manutenção da decisão de pronúncia, o plenário foi designado para a data de amanhã. Esperamos dos jurados que examinem a causa com imparcialidade, verdadeiro sinônimo de justiça. Sempre menciono que ninguém sai ganhando de um plenário; infelizmente, o sofrimento da vítima é constante, e os impactos na vida da minha cliente ainda limitam muitas coisas em sua rotina.”
A defesa do réu foi procurada pela reportagem da TV TODODIA, mas não se manifestou até o momento da publicação. Caso se manifeste, o texto será atualizado.
Relembre o caso
O caso ocorreu em agosto do ano passado, quando o policial penal manteve a esposa refém em um apartamento no Condomínio Villa Bérgamo, no Jardim Firenze, em Santa Bárbara. Na ocasião, ele chegou a efetuar disparos de arma de fogo e ameaçou matar a companheira, uma professora de 50 anos.
Equipes da Polícia Militar foram acionadas para atender à ocorrência e mantiveram contato com o agressor até a chegada do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), que precisou invadir o imóvel utilizando explosivos para desmontar a barricada feita na entrada. A vítima foi encontrada trancada em um banheiro, com ferimentos na cabeça provocados por agressões com a arma.
A perícia técnica realizada no local encontrou três cápsulas deflagradas e uma munição intacta. O delegado responsável pelo plantão registrou o caso como tentativa de feminicídio e prendeu o suspeito.
