quinta-feira, 22 maio 2025

Preço da picanha varia 113% em Americana e Santa Bárbara d’Oeste

TODODIA traz valores praticados em açougues para sugerir economia nos churrascos de fim de ano; quilo da carne vai de R$ 79 a R$ 168,90  

Tá caro | Alternativa para consumidor é pesquisar o preço, que pode variar até 100% dependendo do corte e do local (Foto: Evandro Leal/Agência Enquadrar/Folhapress)

O preço da picanha, um dos cortes considerados o carro-chefe do churrasco de final de ano, tem preço que pode variar de R$ 79,90 a R$ 168,90 em casas de carnes de Americana e Santa Bárbara d’Oeste. É o que aponta levantamento realizado pelo TodoDia em estabelecimentos das duas cidades. A reportagem ouviu proprietários e funcionários de 10 açougues de cada um dos municípios.

O preço mais barato encontrado em Americana foi em um estabelecimento do Jardim São Roque, onde o quilo do corte é comercializado por R$ 79,90. Já o mais alto é de uma casa de carnes do Jardim Ipiranga, que vende o quilo de picanha de Angus por R$ 168,90. Em Santa Bárbara d’Oeste, o valor mais baixo do quilo da picanha encontrado foi em um açougue do bairro R$ 78, no Jardim Belo Horizonte, enquanto o mais alto em uma casa de carnes do Centro, R$ 120. O valor médio do corte nas duas cidades é de R$ 89.

“O preço da picanha que comercializo vai de R$ 80 a R$ 120. As mais em conta são as que desossamos aqui no açougue, seguidas das opções embaladas, com carnes mais selecionadas, até os cortes importados, que acabam saindo um pouco mais caro”, comenta Paulo César de Lião, proprietário de uma casa de carnes do Jardim São Paulo, em Americana. Ele afirma que o movimento no açougue está um pouco melhor do que o registrado em 2020.

“O preço da carne subiu, pensei até que o movimento seria menor, mas está bom”, comentou. Para poder atender a demanda, Lião manterá o açougue aberto na véspera de Ano Novo até às 17h e abrirá nos dias 1 e 2 das 8h ao meio dia. “Tem muita gente que deixa para última hora, então vou deixar para descansar um pouco depois que passarem as festas” diz.

Apesar de a picanha ser o corte mais desejado para confraternizações do final de ano, está longe de ser a mais popular entre os consumidores. Contrafilé, alcatra, miolo de alcatra e fraldinha têm apresentado maior saída nos estabelecimentos consultados. O quilo dos cortes custa, em média, R$ 45,90, R$ 46,90 e R$ 36,90, respectivamente.

“Das carnes que não são cortes especiais, esses três são as mais procuradas pelos consumidores”, comenta Elisângela Oliveira, funcionária de uma casa de carnes do Jardim Colina, em Americana.

AUMENTO NO ANO
Mesmo com retração nos preços no último mês, a carne bovina fechou o ano com um aumento acumulado de 14% nos últimos 12 meses, de acordo com os dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A alta foi guiada pelo filé mignon, com aumento de 25,23%, e peito, 15,11%. Costela, acém e alcatra apresentaram variações de 9,97%, 8,64% e 14%, respectivamente.

A retomada das exportações para a China e a estocagem do produto por comerciantes, que acabam tendo que investir mais em refrigeração para armazenamento, são apontados como a razão do aumento nestes últimos dias de 2021. 

Mais barata, carne de porco vira alternativa
Com variação de preço menor até mesmo quando comparada com o frango, a carne suína tem sido um a das alternativas buscadas por quem quer gastar menos e não se importa em deixar de consumir carne bovina no churrasco.

O preço do pernil suíno, por exemplo, caiu 1,27%, enquanto o do lombo subiu apenas 4,36%.

“A procura aumentou bastante. Sempre foi alta, mas nos últimos meses cresceu ainda mais”, comenta Tércio Patrício, proprietário de uma casa de carnes especializada em carne suína em Santa Bárbara.

Ele explica que, para o churrasco, os cortes mais indicados são a panceta, com o quilo comercializado a R$ 29,90, o bifé de copa lombo, vendido a R$ 28,90 o quilo, e a costelinha cortada em tiras, que custa R$ 29,90 o quilo.

“Ano passado o movimento foi bem menor, por conta da pandemia, mas este ano, com a vacinação e a possibilidade de se reunir com amigos e família, fez com que as vendas aumentassem. No nosso caso, a alta do preço da carne bovina também refletiu nas vendas”.

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