quarta-feira, 24 abril 2024

Prefeitos querem adiar para março volta das aulas presenciais

Os prefeitos da RMC (Região Metropolitana de Campinas) vão reivindicar ao governo do estado a volta às aulas presenciais nas escolas municipais e estaduais em 1º de março, um mês após o prazo estipulado pelo governo do estado.

A proposta foi definida em reunião entre 17 dos 20 prefeitos da RMC, na primeira reunião do ano do Conselho de Desenvolvimento. A reunião foi em Jaguariúna.

Eles afinaram o discurso para que haja uma uniformização do retorno na RMC.  Por unanimidade, os chefes do Executivo definiram a indicação do retorno dos profissionais de educação ao trabalho presencial em fevereiro, para serem treinados sobre os protocolos sanitários a serem adotados nas escolas.

Também propõem o retorno dos alunos do ensino fundamental às aulas presenciais em 1º de março, com 35% de ocupação da sala, em esquema de rodízio e com turmas diferentes conforme os dias das semanas. Os demais estudantes do ensino fundamental cumprem o calendário escolar com aulas online.

Esta nova data sugerida seria um mês após o início definido pelo Estado, em 1º fevereiro. As prefeituras de Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré já haviam anunciado o retorno em fevereiro.

O motivo para o pedido é o número de casos e mortes em ascensão na região.

O novo presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC, Angelo Perugini (PSD), prefeito de Hortolândia, informou que a intenção é que a região volte às aulas presenciais de forma moderada, com todos os cuidados.

“É melhor a gente adiar um pouquinho do que antecipar e ter que parar”, argumentou o prefeito de Hortolândia.

Outro pedido dos prefeitos, informou Perugini, será que os profissionais da Educação sejam incluídos nos grupos prioritários de imunização contra a covid-19, assim como os profissionais de saúde e os idosos.

A Prefeitura de Americana se manifestou sobre a proposta. “Depende de uma manifestação do governo do estado, mas o indicativo é de um retorno das aulas presenciais na rede municipal em 1º de março. Já as aulas híbridas do ensino fundamental retornam em 10 de fevereiro”, disse o secretário de educação de Americana, Vinicius Ghizini, que acompanhou o prefeito, Chico Sardelli (PV), na reunião em Jaguariúna.

Ghizini informou ainda que o protocolo de retorno será discutido na próxima semana com o Conselho Municipal de Educação, sindicato e diretores de escola.

Caso o pedido não seja acatado, Americana volta em 10 de fevereiro de maneira híbrida, com cerca de um terço presencial e o restante on-line. Se o governo estadual acatar para março, também vai ser dessa forma.

“Fizemos a lição de casa e temos todas as condições e equipamentos para o retorno seguro e gradual às atividades pedagógicas em sala de aula. Aguardamos agora a manifestação do governo do estado acerca da demanda coletiva dos municípios da RMC”, disse Ghizini.

O prefeito de Americana, Chico Sardelli (PV), presente ao encontro, também apoiou a iniciativa. “Nós estamos considerando tanto os critérios pedagógicos quanto a saúde pública, e estamos atentos às demandas dos pais e dos profissionais da educação. Nosso maior interesse é de que as crianças não sejam prejudicadas e por isso definimos por unanimidade ter cautela e um retorno gradual a partir de 1º de março”, explicou Chico, em nota.

A Prefeitura de Sumaré informou que o pedido será encaminhado ao governo do estado para apreciação. A indicação será endereçada ao secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Marco Vinholi, que era esperado na reunião em Jaguariúna, mas não compareceu.

Hortolândia: aulas inicialmente remotas

As aulas na rede municipal de Hortolândia recomeçam em fevereiro, inicialmente, de maneira remota, com aprendizagem virtual para alunos e formação online para os professores.

A informação é da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, da prefeitura. A partir de março, começa a ser implantado o sistema híbrido (com aulas presenciais e virtuais), sendo realizadas também aulas presenciais.

A volta ao presencial, nas unidades próprias do município, deve acontecer somente um mês depois da retomada das atividades presenciais na rede estadual.

Segundo o Plano São Paulo, do governo do estado, as escolas estaduais estão autorizadas a iniciar as aulas, presencialmente, no dia 3 de fevereiro.

“A ideia da prefeitura é que, a partir de 8 de março, as aulas presenciais nas escolas da rede municipal e nas conveniadas por meio do programa Bolsa-Creche aconteçam em regime de revezamento, de modo a atingir até 35% da capacidade física da unidade escolar, sendo também mantidas as atividades remotas, paralelamente”, informou a prefeitura, em nota.

O revezamento semanal vai de segunda a sexta-feira. Deste modo, os estudantes se alternariam em sala, do seguinte modo: em uma semana comparece metade da turma e, na semana seguinte, a outra metade. No entanto, caberá a cada família a decisão de enviar ou não o estudante à escola, neste período.

O documento foi apresentado pelo secretário da pasta, Fernando Gomes de Moraes, aos representantes de cidades da região, ontem, durante reunião da Câmara Temática da Educação, realizada via Google Meet.

Segundo Moraes, respeitado esse intervalo de um mês entre o início do ano letivo e a retomada das aulas presenciais, será possível avaliar o andamento de cada etapa, nas diversas esferas de ensino, inclusive após o início da vacinação dos grupos prioritários.

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