As negociações envolvendo prefeitura, Câmara e a empresa dona do prédio onde funciona desde 2007 o Legislativo americanense, na Praça Divino Salvador, estão próximas de serem finalizadas com a troca do espaço por uma área do município localizada no Jardim Nossa Senhora de Fátima.
O objetivo, além de garantir que o patrimônio histórico fique com o Poder Público, é parar de pagar o aluguel de R$ 57 mil mensais.
De acordo com informações da Câmara de Americana, um representante da empresa proprietária do imóvel, Fabio Costa, esteve ontem em Americana para tratar do assunto com o prefeito Omar Najar (MDB), o vereador Marco Antonio Alves Jorge, o Kim (SD), que tem encabeçado as negociações desde 2007, e um grupo de secretários.
“Em fevereiro deste ano o Fábio esteve em Americana. Na visita dele, o recepcionei e nos encontramos com o prefeito, quando conversamos sobre a possibilidade de permuta. Após o encontro, visitamos algumas das áreas já apontadas pelo Executivo como passíveis de permuta”, afirmou Kim, presidente da comissão que estuda possíveis alternativas para que o imóvel do antigo Colégio Divino Salvador seja incorporado ao patrimônio público.
Durante a reunião de ontem, segundo informações da Câmara, foi formalizado um ofício por parte da prefeitura informando ao proprietário do imóvel da Praça Divino Salvador que existe o interesse em realizar a permuta, solicitando sua anuência para andamento dos ritos burocráticos.
De acordo com a Câmara, caso a permuta se confirme, a empresa terá de devolver para a prefeitura o valor da diferença entre os imóveis, a ser apurado em avaliações do preço de mercado de cada um. Depois disso, o próximo passo é a apresentação de projeto de lei do Executivo que deverá ser aprovado pela Câmara para autorizar a permuta.
SOLUÇÕES
A Câmara de Americana paga, atualmente, cerca de R$ 684 mil por ano aos donos do prédio para sediar os gabinetes, salas de reuniões, o plenário e demais instalações do Legislativo. Escapar desse gasto tem sido o objetivo de todos os presidentes nos últimos anos, sem que a negociação chegasse ao fim até agora.
Em 2019, após assumir a presidência, Luiz da Rodaben (Cidadania) apresentou ideia diferente: construir uma nova sede em alguma área da prefeitura. A medida compensaria financeiramente, pelos cálculos do presidente, e uma área no Jardim Terramérica chegou a ser destinada pela prefeitura para a obra.
Os planos naufragaram este ano por conta da pandemia, quando a cidade viu a arrecadação cair drasticamente.
Em julho, Rodaben anunciou a devolução da área ao Executivo por entender que o combate à pandemia era a prioridade do município.
“Decidimos não investir nisso agora e devolver esse dinheiro para que seja investido na saúde, por conta da pandemia”, disse o presidente na ocasião.