
A Prefeitura de Campinas passará a utilizar o prédio do Hospital de Amor para atendimentos de oncologia de média complexidade voltados a pacientes do SUS municipal. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (8), após acordo firmado entre a administração municipal e a instituição, com ciência do Ministério Público do Trabalho da 15ª Região (MPT-15).
Segundo a Secretaria de Saúde, todos os pacientes estão atualmente assistidos por serviços da rede pública e conveniada da cidade. O novo modelo de organização prevê que o espaço seja integrado à Rede Mário Gatti e atue dentro da política de setorização da assistência em especialidades, implantada desde dezembro de 2024 com a criação do Centro de Exames e Especialidades Médicas (CEEM).
Atendimentos e cronograma
Os detalhes sobre o início das atividades no prédio devem ser definidos na próxima semana. A unidade será destinada a rastreamento e diagnóstico precoce de doenças oncológicas, com foco na identificação de tumores em estágio inicial e no tratamento de lesões que possam evoluir para câncer.
O acordo prevê também a participação do Hospital de Amor na campanha Outubro Rosa, com o envio de uma carreta para realização de exames em Campinas.
Contexto da transição
A mudança ocorre após o fim do convênio entre a Prefeitura e o Hospital de Amor, encerrado no dia 31 de agosto. Sem a renovação, os atendimentos de câncer prestados pela instituição passaram a ser remanejados para unidades da rede municipal e outros serviços conveniados.
Segundo a Secretaria de Saúde, o contrato não pôde ser prorrogado porque o hospital deixou de apresentar parte da documentação exigida dentro do prazo. A instituição, no entanto, afirmou ter entregue integralmente os documentos solicitados e reforçou seu compromisso com a transparência e a continuidade do atendimento.
Polo de saúde no Parque Itália
A utilização do prédio do Hospital de Amor se soma a outros investimentos na região do Parque Itália, que concentra equipamentos voltados à saúde. O bairro já abriga o Hospital da Mulher, o Centro de Referência de Assistência Integral à Saúde da Mulher (Craim) e será o local do futuro Hospital Metropolitano, planejado pelo governo estadual.
Com a reorganização, a Prefeitura afirma que os serviços de oncologia da cidade terão maior integração, permitindo que os atendimentos sejam regulados de forma mais ágil dentro do sistema municipal.