A Utransv (Unidade de Transportes e SistemaViário) da Prefeitura de Americana já planeja as alterações na sinalização do trânsito para a retomada – provavelmente na próxima semana – do fluxo de veículos nos dois sentidos de trânsito sobre o Viaduto Amadeu Elias.
As alterações, ainda debatidas por técnicos e não detalhadas, vão buscar o ordenamento mínimo no trânsito em vias estratégicas, aos pés do viaduto.
A mudança, como afirmou o prefeito Omar Najar (MDB) na sexta-feira (18), é provisória. Um nova passagem é planejada por engenheiros a serviço da Rumo, empresa privada responsável pela administração da malha ferroviária que corta a cidade.
O novo equipamento vai ligar a Rua Pernambuco, no sentido bairro-Centro, com a região do antigo terminal metropolitano e dar acesso rápido à Rua Rui Barbosa.
A nova passagem faz parte de um pacote de investimentos da ordem de R$ 6 bilhões, previstos como contrapartida pela duplicação da linha férrea e que agora seãó colocados em prática após a renovação da concessão à Rumo por mais 30 anos.
“A obra vai trazer uma grande melhoria no sistema viário da nossa cidade”, afirmou o prefeito.
A POLÊMICA
Desde outubro de 2018, embasado em estudos técnicos contratados, a Administração limitou o fluxo de veículos sobre o Amadeu Elias, apenas no sentido Centro-bairro.
A intervenção acabou com os congestionamentos que se formaram diariamente em vias como a Rua Branco, a Avenida Presidente Vargas e até a Avenida Brasil, principalmente nos horários de pico.
Mas a volta do fluxo nos dois sentidos era reivindicada por moradores e comerciantes da região da Colina, que relataram dificuldades de acesso rápido ao Centro.
Omar se matinha firme na manutenção das mudanças executadas, e dizia que o projeto só seria revisto pelo seu sucessor, em 2021.
Mas decidiu não esperar. A insatisfação popular – e até os movimentos organizados por empresários da Avenida Paulista que acusaram queda brusca em seus faturamentos – levaram o prefeito a rever a postura de antes.
A polêmica chegou ao Ministério Público, que decidiu pelo arquivamento dos autos solicitando que a promotoria postulasse a volta dos dois sentidos de direção.
No entendimento do MP, manifesto do dia 18 de agosto, a prefeitura promoveu alterações viárias embasada em estudo técnico especializado contratado, e que elas resultaram na fluidez do trânsito em toda a área central da cidade.
“A opção estava perfeitamente dentro das atribuições legais do administrador público”, considerou na época o promotor de Justiça, Ivan Carneiro Castanheiro.
