Mesmo com a queda de casos e internações por coronavírus, as prefeituras da região confirmaram ao TODODIA ontem que manterão os hospitais de campanha montados para a pandemia do coronavírus, sem previsão para desativá-los. São os casos de Americana, Hortolândia, Santa Bárbara e Sumaré.
Nova Odessa desativou ontem parte do hospital de campanha montado no Jardim Alvorada, para diminuir as despesas (em torno de R$ 370 mil). “A estrutura será diminuída, mas nosso hospital de campanha continua funcionando. Não muda nada”, explicou o secretário de Saúde Vanderlei Cocato.
A Prefeitura de Americana informou que “apesar dos últimos indicadores epidemiológicos evidenciarem uma desaceleração na taxa de transmissão do coronavírus, irá manter inalterados o hospital de campanha e o pronto-atendimento Covid-19, portanto sem a desativação dos mesmos”.
Segundo a administração, a medida visa garantir a disponibilidade de leitos numa eventual guinada da curva de transmissão, “tendo em vista que isso já ocorreu em diversos municípios do País”.
Dos 17 leitos de UTI com respiradores do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, apenas quatro estão ocupados (24%), e dos 18 sem respiradores, 13 estão ocupados (72%).
A Prefeitura de Hortolândia informou que a UR (Unidade Respiratória) anexa à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Nova Hortolândia, que é 24 horas, continua em funcionamento e sem data prevista para ser desativada.
“A UR conta com 20 leitos com respiradores. A média de ocupação dos leitos tem variado de 50% a 70%. Hoje a taxa de ocupação dos leitos é de 50%. Há dez dias, era de 80%. Motivo que ainda não possibilita a desativação da unidade”, apontou o Executivo em nota.
“Já no atendimento ambulatorial, apenas para consulta, a UR tem atendido de 80 a 100 pacientes por dia, com coleta de exames para casos suspeitos de Covid-19”, informou.
A Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste disse apenas que o hospital de campanha “segue funcionando normalmente e a estrutura de leitos mantida”.
Em Sumaré, a prefeitura informou que o hospital de campanha continuará mantido, no mínimo, até nova avaliação do Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção ao Coronavírus, que deve acontecer no início de outubro, e levará em conta os índices da RMC (Região Metropolitana de Campinas).
“Após confirmação de queda significativa na série histórica e comprovada segurança, será montado um cronograma para a desativação do espaço”, explica o Executivo. Segundo a administração, a taxa de ocupação dos leitos de coronavírus é de 65%. “Sumaré conta com mais 26 leitos disponíveis nas UPAs do Jardim Macarenko e do Matão”, afirmou, em nota.