
Preso desde outubro por suspeita de crimes sexuais, o vereador piracicabano Cássio Luiz Barbosa, conhecido como Cássio Fala Pira (PL), também é alvo de um inquérito policial que apura a possível posse de conteúdo relacionado a abuso infantil.
O inquérito policial é de 2022 e não está ligado à prisão do parlamentar realizada em outubro, quando foi acusado por 12 vítimas que procuraram a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) para denunciar crimes sexuais.
A SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo) confirmou o andamento do inquérito policial. “Demais detalhes serão preservados devido à natureza da ocorrência”, informou a pasta.
O que diz a defesa
Os advogados de Cássio Fala Pira foram procurados pela reportagem da TV TODODIA. Segundo a defesa, o material encontrado com o vereador se tratava de uma denúncia, enviada ao parlamentar, contra outra pessoa. Ainda de acordo com a defesa, o conteúdo foi levado a público porque Cássio foi à tribuna da Câmara e relatou o fato, o que culminou na busca e apreensão do celular.
“O vereador não possuía nenhuma relação com o material encontrado, e esse fato foi esclarecido no inquérito policial no ano de 2022, sem nenhuma consequência judicial, causando surpresa a utilização desse episódio contra o vereador nesta oportunidade”, traz um trecho da nota.
A defesa ainda afirma que o inquérito policial ainda não ter sido concluído causa estranheza. “Ultrapassa a razoabilidade e proporcionalidade. A Defesa tomará as providências cabíveis para constatar a complexidade extraordinária ou força maior que justifica tamanha demora para a conclusão, em regra, de um inquérito policial, visto que, a nosso ver, o prolongamento injustificado de um inquérito policial, sem conclusão e com possível descumprimento de prazo, configura, no mínimo, constrangimento ilegal, ensejando o trancamento do procedimento investigatório, e com base nessa premissa é que a Defesa vai atuar nesse caso.”
Prisão por denúncias de crimes sexuais permanece em vigor
Cássio Fala Pira foi preso temporariamente no dia 9 de outubro, após 12 mulheres registrarem boletins de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), relatando crimes sexuais atribuídos ao parlamentar. Em 5 de novembro, a Justiça prorrogou a prisão por mais 30 dias, atendendo a pedido da delegada responsável pela investigação.
Até o momento, não há definição sobre uma nova prorrogação da prisão temporária. Desde 13 de outubro, o exercício do mandato do vereador está suspenso. Atualmente, Cássio está detido em Tremembé, unidade prisional conhecida por receber réus de maior repercussão.
Até o momento, não há confirmação se a prisão do parlamentar será novamente prorrogada.





