quarta-feira, 5 fevereiro 2025

Professora da Unicamp recebe prêmio internacional

A professora Ana Flávia Nogueira, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), é uma das três brasileiras premiadas por uma das mais importantes organizações científicas do mundo, como forma de promover a diversidade na pesquisa e no campo da química. 

A pesquisadora da Unicamp receberá o Prêmio Mulheres Brasileiras em Química e Ciências Relacionadas, oferecido pela Sociedade Americana de Química (ACS, sigla em inglês) em parceria com a Sociedade Brasileira de Química (SBQ). 

Os prêmios têm o objetivo de promover a igualdade de gênero em ciência, tecnologia, engenharia e matemática no Brasil e de avançar na compreensão do impacto da diversidade na pesquisa científica e no campo da química. As vencedoras serão homenageadas quinta-feira (15) durante o simpósio sobre o combate à desigualdade na ciência, que fará parte do 43ª Reunião Anual da SBQ. 

Professora associada de química da Unicamp, Ana Flávia Nogueira ganhou o prêmio de liderança na academia, pela sua contribuição no impacto global e social na pesquisa. Seu trabalho de destaque foi na pesquisa e desenvolvimento de novos, mais baratos e eficientes nanomateriais e processos para conversão de energia solar em elétrica. 

“Este não é apenas um prêmio que recebo pela liderança na academia, mas sim para todas as jovens pesquisadoras, desde as alunas de iniciação científica, de pós-graduação e pós-doutorado que têm em seu sonho o desejo de ser uma cientista”, afirma a professora da Unicamp. 

“E num momento tão difícil. A elas dedico esse prêmio. Digo que nosso caminho não é fácil, é difícil, tortuoso, denso, mas que com certeza vale muito a pena. Porque nós, mulheres, fazemos com muito amor, dedicação e competência.” 

Ana Flávia é reconhecida por seu trabalho pioneiro no país na utilização de células solares de perovskita, uma estrutura mineral cristalina, que neste caso possui componentes orgânicos. 

Com essas células, a professora obteve resultados de menor custo e mais eficientes do que os atuais aparelhos que utilizam silício. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Nanotecnologia e Energia Solar (LNES) da Unicamp, em Campinas. 

As outras ganhadoras são: a também professora associada em química Paola de Azevedo Mello, da Universidade Federal de Santa Maria (RS), na categoria líder emergente; e a engenheira química especializada na área de petróleo e consultora sênior da Petrobras, Sonia Maria Cabral de Menezes, pela liderança na indústria. 

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