A professora que foi detida ao tentar levar 31 telefones celulares para o CPP (Centro de Progressão Penitenciária) Professor Ataliba Nogueira, na noite de segunda-feira, será demitida. A informação é da Secretaria Estadual de Educação. Ela presta serviços ao Estado há três anos.
A mulher, que não teve a identidade revelada, dava aulas de português para os detentos da unidade. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, ela tem um contrato na “Categoria O”, que significa que ela é temporária. No entanto, ela presta serviço ao Estado desde 2015. No primeiro ano ela atuou em escolas convencionais e desde 2016 passou a dar aulas no presídio.
“A Diretoria Regional de Ensino Campinas Oeste comunica que em relação à professora temporária detida, foi aberto processo administrativo e o contrato da mesma será rescindido. A Polícia Civil investigará o caso”, informou a Secretaria em nota.
Segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), os aparelhos foram localizados por agentes penitenciários durante revista pessoal obrigatória, por volta das 18h40. “Os agentes localizaram três celulares numa pochete e outros 28 aparelhos dentro de um estojo e uma pasta da professora”, informou.
PROCURADA EM CASA
De acordo com a SSP, a mulher confessou que tentou entrar na unidade com os aparelhos e disse que foi procurada por uma pessoa em sua residência, pedindo que ela levasse os celulares para o CPP e que os deixassem em um armário na sala dos professores. No entanto, ela não revela o nome da pessoa que a procurou e diz não saber quem receberia os aparelhos.
Os IMEIs (International Mobile Equipment Identity, ou identidade internacional de equipamento móvel) foram consultados, mas nenhum consta como produto de roubo ou furto.
O caso foi registrado no plantão da 2ª Delegacia Seccional de Campinas como Termo Circunstancial de entrada de aparelho móvel e comunicação em estabelecimento prisional e localização e apreensão de objeto. Ainda de acordo com a SSP, o caso será encaminhado para o juizado especial criminal.