O DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Americana prorrogou até agosto deste ano um contrato, firmado em 2016, para a elaboração de estudos técnicos e projetos para construção de uma nova ETA (Estação de Tratamento de Água). A autarquia depende desse material para buscar, junto aos governos federal e estadual, recursos para executar a obra.
A empresa responsável pela elaboração é a Estática Engenharia, que firmou contrato inicial para execução do serviço em outubro de 2016. O valor a ser pago pelo projeto, na época, era de R$ 953 mil, com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
De acordo com o sistema de acompanhamento de obras públicas da CEF (Caixa Econômica Federal), a União já liberou R$ 1 milhão para o pagamento desses estudos. O percentual de execução, no entanto, é de 10,57%.
A reportagem solicitou na terça-feira (21) ao DAE, por meio de assessoria, uma posição sobre os motivos que levaram ao atraso na conclusão dos trabalhos, mas não houve resposta até o fechamento desta edição.
ESTAÇÕES
Americana conta hoje com duas ETA’s instaladas na mesma área, no bairro Cordenonsi.
Na semana passada, elas ficaram paralisadas por praticamente dois dias, depois que a tubulação que leva água bruta do Rio Piracicaba até as estações se rompeu na altura da Avenida João Nicolau Abdalla, prejudicando o abastecimento por vários dias em toda cidade.
A chamada ETA III – projeto que está em elaboração – foi prevista na lei que instituiu o Plano Municipal de Saneamento como uma espécie de “Plano B” para a estrutura existente.
A proposta era ter a estação, com capacidade para tratar 700 litros de água por segundo, o que permitiria a reforma das outras duas ETAs. Em um dos anexos dessa lei, a nova estação foi orçada pelo DAE em R$ 34 milhões.
Segundo o plano, a demanda do município é de 1,5 mil litros por segundo, mas as duas estações em operação tratam, no máximo, 1,1 mil.
Por conta disso, além da ampliação no tratamento, o plano prevê investimentos em reservatórios e na redução de perdas.
Por Walter Duarte