quinta-feira, 25 abril 2024

Quadrilha é presa em ação do Gaeco na RMC

Quatro pessoas foram presas ontem, sendo três em Americana e uma em Santa Bárbara d’Oeste, na “Operação Mimético”, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo) do Ministério Público, com apoio da PM (Polícia Militar).

Todos são acusados de integrar uma organização criminosa responsável por estelionatos, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Segundo a investigação, em razão dos crimes que teriam sido praticados, os denunciados chegaram a movimentar mais de R$ 100 milhões em uma única empresa usada para desviar dinheiro.

Eles tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça de Americana. Ao todo, a operação cumpriu oito mandados de prisão preventiva, nove mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares em Americana, Piracicaba, Jundiaí, Campo Limpo Paulista, Santa Bárbara d’Oeste e Caraguatatuba, no Litoral.

Segundo a PM, em Americana, um dos mandados foi cumprido na Rua Luís Nardo, no bairro Santa Cruz. O representante A.L.M.B, 43, dono do imóvel, foi preso e teve seus celulares apreendidos.

Os outros dois mandados na cidade foram cumpridos na Rua Alcindo Dell Agnese, no Vale das Paineiras, onde foram presos o administrador de empresas A.N.D. 45 e a advogada P.C., 41. No imóvel foram apreendidos R$ 170 mil em espécie, além de US$ 2 mil e 444 pesos argentinos, mais dois notebooks, um computador, joias, folhas de cheque e documentos. O administrador já tem antecedentes por sete crimes.  Nem a PM, nem o Gaeco divulgaram informações sobre o acusado preso em Santa Bárbara d’Oeste.

ESQUEMA
O MP (Ministério Público) iniciou a investigação em janeiro de 2017. Conforme a denúncia, os acusados usavam diversas empresas de fachada para simular uma estrutura empresarial sofisticada. Com isso, conseguiam simular boa situação econômica e convencer empresários a vender outras empresas para o grupo.

As novas empresas eram, então, usadas para os crimes. Vários empresários teriam sido vítimas de crimes de estelionato, uma vez que não recebiam os pagamentos devidos. Assumido o controle da empresa-vítima (fraudulentamente adquirida), a organização cometia diversos outros crimes contra terceiros, desviava patrimônio da empresa, lavava dinheiro, além outras condutas ilícitas.

As empresas compradas pela organização criminosa eram levadas a uma situação de ruína e, muitas vezes, entravam em recuperação judicial ou até mesmo tinham sua falência decretada.

BENS DE LUXO
A investigação do Gaeco já identificou vultoso patrimônio dos denunciados, entre os quais “duas suntuosas residências em condomínio de altíssimo luxo” no Litoral Norte de São Paulo, avaliadas, cada uma, em valor superior a R$ 4 milhões; além de outros imóveis milionários, veículos de luxo e bens que demonstram a “envergadura dos fatos praticados”, diz a promotoria.

O MP ressaltou que todos os fatos foram denunciados à Justiça, com direito a ampla defesa aos acusados. |

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