terça-feira, 16 setembro 2025
DIABO DE POEIRA

Redemoinho de poeira impressiona moradores de Cosmópolis

Fenômeno foi registrado por câmeras de segurança no bairro Itapavussu e explicado por meteorologista do Cepagri
Por
Thayla Nogueira

Câmeras de segurança registraram, na tarde de domingo (14), a formação de um redemoinho de poeira no bairro Itapavussu, em Cosmópolis, próximo à antiga fábrica da Coca-Cola. O fenômeno, popularmente conhecido como “diabo de poeira”, se formou por volta do meio-dia e chamou a atenção de moradores.

Como se forma um redemoinho de poeira
De acordo com o meteorologista Bruno Bainy, do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas da Unicamp), o redemoinho de poeira, ou Dust Devil, como também é chamado, ocorre em dias muito quentes e secos, quando o ar próximo ao solo aquece rapidamente, sobe e começa a girar. “Ele lembra bastante um tornado, mas é diferente. O redemoinho de poeira se forma a partir do forte aquecimento do solo, enquanto o tornado vem da base de nuvens de tempestade”, explica Bainy.

O fenômeno, popularmente conhecido como “diabo de poeira”, se formou por volta do meio-dia. Foto: Reprodução

Duração curta e difícil de registrar
O especialista destaca que esse tipo de fenômeno não é considerado raro, mas é pouco registrado porque dura poucos segundos ou minutos. “Às vezes, ele acontece em locais onde não há poeira ou material para ser suspenso, então fica invisível a olho nu”, completa.

Apesar de geralmente ter curta duração e pequena abrangência, raramente passando de dez metros de diâmetro, o redemoinho pode surpreender pela força. “Em casos mais extremos, os ventos podem chegar a 90 ou 100 km/h, o que já representa risco”, alerta o meteorologista.

Riscos para motoristas e pedestres
Entre os principais riscos estão a redução de visibilidade e o desconforto respiratório, além de perigo para motociclistas e motoristas que podem ser pegos de surpresa. Em casos raros, o fenômeno pode causar a queda de galhos ou deslocamento de objetos leves.

Segundo Bainy, o final do inverno e o início da primavera são os períodos mais favoráveis para esse tipo de ocorrência. “Temos o solo muito seco e os picos de temperatura do ano, o que cria as condições ideais para a formação de redemoinhos”, explica.

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