O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou a criação do Centro de Operações de Emergências (COE) de combate ao Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, chikungunya e Zika. O governador também anunciou o repasse de R$ 228 milhões para apoiar os municípios paulistas no enfrentamento das arboviroses, sendo R$ 25,5 milhões encaminhados para a Região Metropolitana de Campinas (RMC).
Os valores mais altos serão destinados à Campinas, cerca de R$ 6,1 milhões; seguido por Sumaré, cerca de R$ 1,4 milhão; Hortolândia, aproximadamente R$ 1,1 milhão; e Americana, cerca R$ R$ 1,2 milhão. [veja a lista completa abaixo]
Até esta sexta-feira (24), São Paulo registrou 33 municípios em estado de emergência, 29.604 casos de dengue e seis óbitos confirmados. Para coordenar estratégias e ações de combate ao Aedes aegypti, bem como apoiar as regiões no planejamento estratégico, o COE é formado pela Secretaria de Estado da Saúde, Casa Civil, Casa Militar/Defesa Civil, Secretaria de Comunicação, Secretaria da Segurança Pública, Secretaria da Educação, Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Secretaria de Desenvolvimento Social, além Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo e Exército como convidados.
De acordo com Tarcísio, o enfrentamento à dengue é o primeiro desafio de 2025, e relembrou que a vacina produzida pelo Butantan deve ser disponibilizada apenas em 2026.
“Nós temos o desafio de agora, com questões como o clima que favorece a proliferação dos vetores. O segundo problema é que muitas pessoas tiveram dengue no ano passado e a repetição favorece o desenvolvimento de uma dengue grave. Por fim, temos um sorotipo diferente que está circulando. Com o que nós temos de ferramenta agora, temos que combater o vetor e nos estruturar. Cada um precisa fazer a sua parte: o cidadão, as prefeituras, já que a zeladoria terá muito efeito e o estado de São Paulo, que dará todo o suporte”, afirmou o governador.
Na Região Metropolitana de Campinas, Amparo é o único município a entrar em estado de emergência. A cidade já contabiliza uma morte em consequência da doença. A maioria dos municípios em emergência está no Oeste e Noroeste Paulista. Entre as cidades da área de cobertura da TV TODODIA, até a tarde desta quinta-feira (23), eram 564 casos confirmados apenas neste ano.
Investimentos
O repasse de R$ 228 milhões do IGM SUS Paulista (Incentivo à Gestão Municipal) para apoiar os 645 municípios no enfrentamento da dengue foi anunciado pelo governo estadual nesta sexta-feira (24).
A região de Campinas receberá R$ 25,5 milhões, sendo quatro cidades da região de cobertura da TV TODODIA recebendo acima de R$ 1 milhão.
Ações permanentes
O sorotipo 3 da dengue estava com baixa predominância desde 2016, e foi reintroduzido no Estado de São Paulo em 2023, sendo identificado pelo monitoramento das unidades sentinelas para arboviroses. As autoridades reforçam a importância dos cuidados no combate ao mosquito transmissor, destacando que, devido a não circulação prolongada desse sorotipo por um período, grande parte da população encontra-se vulnerável à infecção.
Desde o ano passado, o Governo de São Paulo investiu mais de R$ 225 milhões no combate à dengue. Os valores são referentes à antecipação de R$ 205 milhões do IGM SUS Paulista, aquisição de 6 mil litros de adulticida (inseticida usado no combate a formas adultas do mosquito Aedes aegypti), que teve investimento total de R$ 4,3 milhões. A Secretaria de Estado da Saúde também investiu R$ 9,7 milhões em medicamentos e insumos para o combate à doença. Além disso, foram transferidos R$ 5,1 milhões para os municípios adquirirem repelentes específicos para a população gestante.
Também foram adquiridos 133 equipamentos de nebulização portátil e mais seis de nebulização ambiental, que são acoplados nas viaturas. Toda a rede de leitos hospitalares foi monitorada para atender aos casos graves e de alta complexidade da doença.
Confira os repasses destinados a cada município da região:
Americana – R$ 1.221.850
Campinas – R$ 6.116.185
Hortolândia – R$ 1.187.850
Monte Mor – R$ 514.225
Nova Odessa – R$ 308.580
Paulínia – R$ 572.240
Santa Bárbara d’Oeste – R$ 976.390
Sumaré – 1.449.375