terça-feira, 26 novembro 2024

Região perde 3.118 vagas de emprego em maio, diz Caged

Cinco cidades da Região tiveram perda de 3.118 postos de trabalho em maio. De janeiro a maio deste ano, as cinco cidades viram 7.292 postos de trabalho desaparecerem. Na RMC (Região Metropolitana de Campinas), a perda foi de 10.784 postos de trabalho em maio. No acumulado de janeiro a maio, foram 32 mil vagas fechadas na RMC, número maior do que no ano de 2016, em plena crise econômica.

Foi o que apontou o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desemprehados). Em Americana foram fechados 1.203 postos de trabalho; em Hortolândia, 387; em Nova Odessa, 396; em Santa Bárbara d’Oeste, 536, e em Sumaré, 596. Os dados foram compilados pelo Observatório da PUC-Campinas.

A economista Eliane Rosandiski, extensionista do Observatório, informou que os setores de indústria e comércio foram os mais afetados com perda de vagas, causadas especialmente pela crise sanitária do coronavirus.

“Essa crise é uma crise sem precedentes, e está em curso. Como não há clareza por parte dos formuladores de poliítica pública como será o suporte às empresas, estamos diante de um quadro muito incerto. Por enquanto, já fica evidente que algumas poucas medidas protetivas do emprego não estão garantindo a renda, elemento decisivo para qualquer retomada da atividade da economia”, afirmou a economista.

Ela teme o agravamento da crise do emprego com carteira assinada. “Além disso, estamos começando a ver a indústria demitir muito. E ela é um importante suporte para algumas atividades de serviços”, afirmou.

Esses postos de trabalho pulverizados na RMC no acumulado do ano equivalem a 80% do emprego perdido em 2015, que foi o pior resultado do saldo da série histórica da evolução de emprego da RMC desde 2010.

Em termos absolutos, a maior perda de empregos em maio ocorreu em Campinas, com menos 3.393 postos. Em Sumaré, foram 1.509 postos fechados no ano.

Na RMC, os desligamentos representaram 37% dos postos perdidos (11,2 mil), serviços, em especial alojamento e alimentação, tiveram queda de 6,6 mil postos e informação e comunicação reduziram mais de 5 mil postos. O ajuste na indústria de transformação causou perda de 6,6 mil postos no acumulado do ano.Em compensação, as áreas de saúde e educação geraram 2.274 vagas de trabalho.

De janeiro a maio, 60% das reduções de empregos atingiram trabalhadores com ensino médio, 30% com 30 a 39 anos e 23% de 50 a 64 anos. As mulheres são as mais vulneráveis.

No Brasil, foram fechados 1,2 milhão de postos formais de janeiro a maio e no Estado de São Paulo, 354 mil.

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