A região continuará na fase amarela até o dia 9 de outubro. A decisão foi anunciada nesta sexta-feira (11), pelo governador João Doria (PSBD), em atualização do Plano São Paulo.
“A pandemia regride de maneira sólida e, agora, todas as regiões estão na fase amarela”, afirmou. “Devido à regressão vigorosa dos indicadores no Estado, entramos em uma nova fase de monitoramento da pandemia. Por questão de segurança, as requalificações passam a ser mensais, ao invés de quinzenais”.
Com a estabilidade do avanço da pandemia em todas as regiões do Estado, o Centro de Contingência do Coronavírus recomendou que o monitoramento seja estendido para um período mínimo de 28 dias. O acompanhamento dos indicadores nas próximas quatro semanas vai garantir mais segurança na possível migração de regiões para a fase verde a partir do início de outubro, alega o Estado.
Há uma semana, 95% da população paulista já estava em regiões contempladas na terceira das cinco etapas do Plano São Paulo. Franca e Ribeirão Preto estavam na fase laranja, mas tiveram queda acentuada em número de mortes e internações.
SEM FASE LARANJA
O governo do Estado poderá decretar regressão e será para a fase vermelha. “Não haverá retorno para a fase laranja, o que aumenta a responsabilidade de prefeitos, secretários municipais de saúde e da própria população”, destacou Doria.
A Divisão Regional de Campinas, que está na fase amarela desde 8 de agosto, está com 56,4% de taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e tem 35,1 internações e 6,7 mortes por 100 mil habitantes.
MUDANÇA
A Prefeitura de Campinas anunciou nesta sexta através de decreto que permitirá que os restaurantes fiquem abertos até as 23h, uma hora a mais do que o atualmente permitido, para que o s clientes que chegarem até as 22h possam terminar a refeição.
O TODODIA questionou prefeituras e associações comerciais da região se pretendem tomar ou propor medidas semelhantes para alterações dos decretos municipais.
A Prefeitura de Sumaré diz que avalia diariamente a situação do município, levando em conta o aumento ou não do números de casos e o percentual de ocupação dos leitos. “No momento, não há novas deliberações sobre o assunto”, informou, sobre a hora adicional para os restaurantes.
A Prefeitura de Hortolândia afirmou apenas que segue as determinações do governo do Estado. As prefeituras de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste não responderam aos questionamentos da reportagem.
A Acino (Associação Comercial e Industrial de Nova Odessa) deve pedir à prefeitura para aumentar o horário dos restaurantes para até as 23h, como Campinas. “Estamos inclusive solicitando um parecer da comissão para podermos avaliar esta situação”, contou o presidente Samuel Teixeira.
A Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana) disse que vai caminhar em comunhão com Estado e prefeitura. “Estaremos sim redobrando nossos esforços para termos possibilidades de esperar mudanças mais amplas e vantajosas para o comércio.
Estamos conscientes e queremos ter uma postura de consistência colaborativa com a passagem da pandemia”, disse.
O presidente da Acias (Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Sumaré), Juarez da Silva, avalia que a decisão do governo do Estado atende às necessidades econômicas sem descuidar das questões ligadas à saúde.
Para ele, esta harmonia é importante para evitar o retrocesso no plano. “Sobre o aumento do horário de funcionamento dos restaurantes, qualquer pedido à prefeitura será feito após avaliação das demandas do setor”, informou.
