A informação, destacada em nota técnica do Observatório PUC-Campinas, reforça, segundo os especialistas, a necessidade de manutenção das medidas de prevenção, mesmo com as melhorias dos índices verificadas nas últimas semanas
O DRS-7 (Departamento Regional de Saúde de Campinas), que abrange a saúde pública em 42 municípios, registrou entre os dias 4 a 10 de julho 1.321 novas internações por Covid-19. O número, referente à 27ª Semana Epidemiológica, indica queda em relação à semana anterior, mas ainda supera o registrado em julho de 2020 – no pico da primeira onda da doença na região. Naquela ocasião, a média semanal de pacientes internados era de 1.220.
A informação, destacada em nota técnica do Observatório PUC-Campinas, reforça, segundo os especialistas, a necessidade de manutenção das medidas de prevenção, mesmo com as melhorias dos índices verificadas nas últimas semanas.
De 4 a 10 de julho, as infecções pelo coronavírus caíram 8% no DRS-Campinas (foram 1.392 novos positivos). As mortes, no total de 77 na semana, tiveram variação negativa de 16%.
Agora, no total, são 12.520 óbitos pela doença desde o início da pandemia nas 42 cidades do Departamento Regional, que abrange uma população de 4,5 milhões de habitantes. O número de casos nessa área geográfica está em 428 mil desde o início da crise sanitária. Os dados são baseados em números da Fundação Seade.
“Seguimos em um patamar bem elevado, acima do pico da primeira onda. A pressão sobre o sistema de saúde ainda é alta, sobretudo no serviço público, cuja taxa de ocupação de leitos intensivos segue próxima de 98%. Nos hospitais privados, esse percentual cai para 78 %”, afirma o infectologista da PUC-Campinas André Giglio Bueno. Feitas a ressalvas, Giglio comemora o sucesso atual da campanha de vacinação.
Em Campinas, 31 mil doses foram aplicadas no dia 9 de julho. Com isso, o município tem mais de 47% da população vacinada com a primeira dose. Cerca de 15% está completamente imunizada. “É preciso exaltar e celebrar esses números, mas sem esquecer dos cuidados diários de prevenção, que também são de extrema importância para combater a pandemia”, complementa.
Para o professor Paulo Oliveira, economista que coordena as análises referentes ao coronavírus pelo Observatório, o avanço na vacinação também melhora as expectativas de retomada econômica.
“É preciso observar, no entanto, que qualquer crescimento sustentado e de longo prazo precisa ser acompanhado pelo avanço efetivo do emprego e da renda. Na RMC, a criação de novas vagas de trabalho tem desacelerado desde abril”, salienta o docente extensionista. Os dados da Covid-19 nos municípios paulistas, incluindo a RMC, podem ser obtidos no Painel Interativo do Observatório: https://observatorio.puc-campinas.edu.br/covid-19/.