quarta-feira, 24 abril 2024

Aterro sanitário é interditado em Santa Bárbara

 Cetesb fixou placa em aterro proibindo recebimento de resíduos e falando em condições ambientais inadequadas

Os parlamentares questionam ainda se existe prazo para a regularização (Foto: Divulgação/Câmara Municipal de Santa Bárbara)

A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) interditou nesta quarta-feira (4) o aterro municipal de Santa Bárbara d’Oeste por condições ambientais inadequadas. Uma placa foi fixada em frente ao aterro avisando a interdição, a proibição de despejo de resíduos e a ocorrência de supostas irregularidades ambientais.

Logo após a interdição, seis vereadores protocolaram na Câmara requerimento questionando a Prefeitura de Santa Bárbara sobre o episódio.

O vereador Eliel Miranda (PSD), que foi ao local, afirmou que faltam licenças ambientais. “Foram funcionários da Cetesb de Americana que interditaram. Vai jogar o lixo da cidade de Santa Bárbara onde?”, indagou.

No requerimento, os vereadores questionam o motivo da interdição do aterro municipal e quais providências deverão ser tomadas pela administração para que essa situação seja regularizada.

Os parlamentares questionam ainda se existe prazo para a regularização e se a Secretaria de Meio Ambiente não recebeu nenhuma notificação para evitar essa situação, além dos eventuais transtornos decorrentes dela.

O requerimento é de autoria dos vereadores Eliel Miranda, Arnaldo Alves, Tikinho Tk e Nilson Araújo Radialista, os quatro da bancada do PSD, além de Isac Sorrillo (Republicanos) e Felipe Corá (Patriota).

Em 2019, um relatório da Cetesb, chamado de inventário estadual de resíduos sólidos, revelou que o aterro sanitário barbarense era um dos quatro piores do Estado.

Isso porque, em uma escala de 0 a 7, o aterro municipal teve nota 3,5, e só perdeu para as cidades de Itapeva e Pirajuí. Santa Bárbara empatou com Guapira.

À época, a Cetesb informou que o aterro era responsável por receber 171 toneladas de lixo diariamente e tinha problemas operacionais. Entre esses problemas estavam aspectos de recobrimento e compactuação de resíduos, afloramento de chorume e drenagem de gases.

O órgão informou também que em novembro de 2018 multou a Prefeitura em R$ 51 mil.

O aterro barbarense chegou a operar ano passado sem a balança de pesagem de resíduos e o caso também foi alvo de questionamentos na Câmara.

Em fevereiro deste ano, a prefeitura respondeu a requerimento dizendo que o equipamento passava por processo de substituição por um novo modelo, “o que ocasionou a interrupção temporária da pesagem”. “Há de se ressaltar que no modelo de contrato estabelecido junto ao Consórcio Santa Bárbara, o Município não remunera por pesagem, mas sim por dia em que as equipes realizam a coleta. Portanto, a pesagem não prejudica, nem inviabiliza a operação”, disse em resposta aos vereadores Eliel Miranda e Nilson Araújo Radialista.

Questionada, a assessoria de imprensa da prefeitura não se posicionou até o fechamento desta edição. 

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