Prefeitura abriu contrato emergencial com empresa para dar vazão ao lixo que agora vai para aterro vizinho
Em meio a interdição do aterro sanitário de Santa Bárbara d’Oeste confirmado pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), que proibiu a disposição de resíduos sólidos urbanos no local enquanto o município não conseguir licenças ambientais, a Prefeitura informou que os resíduos serão destinados para a Piracicaba Ambiental S.A, empresa responsável pela coleta e gestão do lixo doméstico na cidade vizinha. Um contrato emergencial foi feito para viabilizar a operação. Os valores, porém, ainda não foram informados pela prefeitura.
Segundo a administração, a coleta de lixo de Santa Bárbara foi retomada na tarde desta quinta-feira (5). A prefeitura disse que o aterro local foi interditado parcialmente e temporariamente.
“O Município de Santa Bárbara d’Oeste informa que a interdição foi temporária e parcial, ocorrendo por questões administrativas. Todas as providências necessárias já estão sendo tomadas para liberação do espaço. Vale ressaltar, que a coleta foi retomada no início da tarde de hoje e os resíduos serão depositados na Piracicaba Ambiental S.A.”, diz nota enviada ao TODODIA.
Na quarta-feira (4), funcionários da agência da Cetesb instalada em Americana interditaram o aterro sanitário por condições ambientais inadequadas e falta de licenciamento ambiental. Uma placa chegou a ser fixada em frente ao local avisando a interdição e a proibição de despejo de resíduos.
Ao TODODIA, a Cetesb disse que a Prefeitura de Santa Bárbara efetuou a abertura de processo de consulta prévia sobre o licenciamento ambiental em 22 de fevereiro deste ano, referente a ampliação do aterro sanitário. A documentação encontra- se encontra em fase de análise no Setor de Avaliação e Gestão de Resíduos Sólidos-IPGR, pertencente à Diretoria de Avaliação de Impacto Ambiental da Cetesb.
Logo depois da interdição, seis vereadores protocolaram na Câmara requerimento questionando a Prefeitura. Os parlamentares questionam o motivo da interdição do aterro municipal e quais providências deverão ser tomadas pela administração para que essa situação seja regularizada. Perguntam também se a Secretaria de Meio Ambiente não recebeu nenhuma notificação para evitar a situação, além dos eventuais transtornos decorrentes dela.
Em 2019, um relatório da Cetesb, chamado de inventário estadual de resíduos sólidos, revelou que o aterro sanitário barbarense era um dos quatro piores do Estado com problemas como recobrimento e compactuação de resíduos, afloramento de chorume e drenagem de gases. O órgão chegou, em novembro de 2018, a multar a Prefeitura em R$ 51 mil.