As fortes chuvas de domingo (28) invadiram a casa de Maria Regina Gomes, na Rua Antônio Teodoro Leite, no Jardim São Luiz. No momento do alagamento estavam filhos, netos e uma mulher grávida. A água atingiu o imóvel por completo e causou diversos prejuízos.
A moradora relatou que a água subiu de repente. Em vídeo gravado no momento, ela comenta que “não tem o que fazer, temos que esperar passar, como sempre”.

Problema antigo e recorrente
O problema se repete há gerações na residência, que pertence ao sogro de Regina. A cada chuva forte, o medo retorna entre os moradores. “No domingo a gente estava preparando o jantar, estavam meus netos aqui, a minha nora, que está grávida, e de repente começou a chover forte. A gente achou que a água não ia entrar, mas, quando viu, a rua já estava tomada, parecia um rio. Foi aquele desespero, a água entrando pela frente e pelo fundo. Foi só correria: levantar o sofá, colocar as crianças em cima da cama, se preocupar com a nora grávida, com os pés na água, que nunca é boa. Foi uma correria surreal”, relata a moradora.
De onde vem o problema?
Regina afirma que o alagamento não ocorre pelo Ribeirão dos Toledos, mas pelo mau escoamento da água das avenidas próximas. A rua é mais baixa que as demais, direcionando a água para o local.
Ela evita comprar bens de maior valor devido às chuvas recorrentes. “A minha máquina não está funcionando mais, a geladeira entra água por baixo. O guarda-roupa molhou todo embaixo, e eu nem terminei de pagar ainda. As camas molharam, os colchões também. Quem já passou por enchente sabe como é ruim. Pode lavar, jogar água sanitária, fazer o que quiser, não adianta. O cheiro fica. E não tem como dormir em coisa molhada”, desabafa.

Busca por apoio
A vizinhança contou com apoio de vereadora para buscar orientação na Prefeitura. A família procura ajuda desde a época do sogro, mas sem retorno efetivo. “Sempre dizem que é questão jurídica. Isso já foi feito e nada aconteceu. A gente fica de mãos atadas”, afirma. A família aceita doações de eletrodomésticos e móveis.
A equipe de reportagem tentou contato com a Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste sobre o escoamento e projetos de melhoria, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.





