
Quando falamos sobre quem são os cientistas mais influentes do mundo, é comum imaginar grandes capitais e, principalmente, outros países. Pode até parecer algo distante da nossa realidade, mas há profissionais premiados que moram, trabalham e constroem conhecimento aqui na nossa região. É o caso do matemático e professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Douglas Duarte Novaes, de 37 anos, morador de Santa Bárbara d’Oeste.
Douglas, assim como outros 105 cientistas da Unicamp, foi citado em um ranking elaborado pela editora científica Elsevier e liderado por uma equipe de especialistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, que o coloca entre os cientistas mais influentes do planeta.
Critérios do ranking
A influência dos cientistas foi medida pelo impacto de seus trabalhos, ou seja, por quantas vezes os artigos publicados por cada um são utilizados como base para outras linhas de pesquisa.
A produção de um artigo científico pode levar mais de um ou dois anos até ser aprovada e publicada. Por isso, o reconhecimento inédito na carreira representa uma grande satisfação para o matemático barbarense.
“É uma satisfação, no sentido de que é uma forma de reconhecimento do trabalho que a gente vem desenvolvendo. E funciona também como um incentivo: o que você está fazendo está legal, está gerando resultado, está gerando impacto a nível internacional. Então, bora continuar trabalhando”, afirmou.
Quase 20 anos de trajetória na Unicamp
A trajetória acadêmica de Douglas Novaes é inteiramente ligada à Unicamp. Ele ingressou no curso de Licenciatura em Matemática em 2006 e, desde então, graduou-se em 2011, tornou-se mestre em 2012 e concluiu o doutorado em 2015. Em 2016, passou a integrar o corpo docente do Departamento de Matemática do IMECC (Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica).

Dentro da pesquisa científica, sua área de atuação é a de sistemas dinâmicos, que estuda basicamente a evolução de comportamentos. “Você tem um espaço, uma regra de evolução, e você quer entender como é que as condições iniciais dentro desse espaço estão evoluindo com o tempo”, resumiu.
O ranking em que Douglas é citado foi divulgado em outubro deste ano, mas reúne dados referentes a 2024. O matemático afirma que o reconhecimento serve como estímulo para que siga produzindo ciência. “Eu me enxergo, agora, no ápice do desenvolvimento. Não pretendo diminuir o ritmo nos próximos anos. Temos um grupo de pesquisa forte na Unicamp”, garantiu.





