quarta-feira, 10 setembro 2025
SINOTERAPIA

Projeto “Cães Que Curam” realiza atividades na Apae de Santa Bárbara d’Oeste

Ação faz parte do Raças de Peso e busca levar cães de diferentes raças para ajuda no desenvolvimento social, cognitivo e motor dos alunos
Por
Nicoly Maia
O projeto utiliza cães das raças Pit Monster, Exotic Bully e American Bully em sessões terapêuticas com bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos. Foto: Ana Machado/TV TODODIA

A APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Santa Bárbara d’Oeste recebeu nesta quarta-feira (10) o projeto “Raças de Peso”, que desde o ano passado promove sessões de sinoterapia (terapia assistida por cães) na instituição, na iniciativa “Cães que Curam”.

Benefícios
A psicóloga da Apae, Raíssa Fornaciari Paparotti, explica que os animais funcionam como mediadores. “Nesse tipo de trabalho o cachorro atua como um mediador. Muitas vezes conseguimos acessar uma criança mais tímida ou com dificuldade de socialização. O afeto que os animais oferecem faz com que elas se sintam acolhidas e amadas, trazendo diversos benefícios. Começa pela parte social, mas também envolve o desenvolvimento cognitivo e motor. Eles aprendem desde esperar sua vez até lidar com atividades mais complexas”, comenta.

Projeto 
O projeto utiliza cães das raças Pit Monster, Exotic Bully e American Bully em sessões terapêuticas com bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos. As atividades são realizadas em turmas rotativas, com duração de cerca de 20 minutos, priorizando o vínculo afetivo entre os pacientes e os animais.

“Dentro das nossas terapias temos o contato sensorial e também um circuito. Crianças com menos coordenação, por exemplo, veem outras realizando as atividades com o cão e o condutor e se motivam a tentar também. Assim, o esforço passa a estar focado no objetivo de interagir com o animal, e não na dificuldade”, explica o fundador do projeto, Emerson Xavier.

Resultados
Ele acrescenta que o trabalho também busca desmistificar preconceitos sobre determinadas raças. “Hoje tivemos uma criança que tinha muito medo de cães e conseguiu fazer o circuito. Já atendemos também crianças com autismo nível 3 que não se aproximavam dos animais e, ao terem contato, emocionaram toda a equipe da APAE. Situações assim mostram que todos temos dentro de nós a força de vontade de superar limites”, relata.

“Não existem cães perigosos, existe falta de informação”, reforça Emerson Xavier. “Nosso trabalho mostra que, com responsabilidade e carinho, essas raças são grandes aliadas da saúde mental e emocional.”

Apae Santa Bárbara d’Oeste
Fundada em 21 de outubro de 1967, a Apae de Santa Bárbara d’Oeste surgiu a partir da mobilização de pais, diretores de escolas públicas e membros do Lions Clube, liderados por José Roque, pai de uma criança com síndrome de Down — conhecido como “seu Bepim”, nome que batiza o ginásio de esportes da entidade. Atualmente, a instituição atende 585 alunos e usuários, de zero a 70 anos, nas áreas de assistência, saúde e educação.

“Hoje atendemos aproximadamente 580 famílias, com foco em deficiência intelectual, TEA e deficiências múltiplas. O ‘Raças de Peso’ tem proporcionado aprendizado e socialização aos nossos alunos, com impacto significativo. Aqui na Apae trabalhamos com Educação, Saúde e Assistência Social, e esse projeto vem para complementar nossas atividades.” destaca a importância do projeto a diretora da Apae, Fernanda Matos.

A Apae oferece atividades diversificadas no período escolar como aula de Educação Física, Artes, além dos atendimentos de Psicologia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional realizados nas salas, junto com os professores. 

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