Cerca de 100 patrulheiros estiveram em plenário e lutam por revisão do adicional de periculosidade, desde outubro do ano passado, mas, ainda não conseguiram dialogar com a Secretaria de Governo
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A sessão ordinária da Câmara Municipal de Santa Bárbara d’Oeste precisou ser suspensa na tarde desta terça-feira (14) para a utilização da Tribuna Livre por representante da Guarda Municipal de Santa Bárbara d’Oeste, o GCM Dgiovani.
Cerca de 100 patrulheiros estiveram presentes na sessão, entre homens e mulheres. Os guardas municipais da cidade, desde outubro do ano passado, pedem uma reunião com a Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste para solicitar a revisão do adicional de periculosidade aos patrulheiros.
Eles reivindicam um reajuste no adicional de periculosidade da categoria para 60%. Atualmente, esse suplementar é estipulado em 30% do salário-base, um dos menores da RMC (Região Metropolitana de Campinas).
O salário inicial dos guardas do município é R$ 2,8 mil e nas outras cidades da região é maior, como Americana, por exemplo, onde o salário inicial é de R$ 4,1 mil mais 50% do grau de risco.
“Só Deus sabe a luta que foi vir até aqui hoje. Sai 6h30 da manhã. Tivemos de conter um usuário de drogas com uso de força, uma situação complicada. Nem sei quais são as consequências pelo o que estamos lutando, mas eu quero olhar para os guardas aqui felizes porque a luta foi vencida em nome do Senhor Jesus”, disse o GCM Dgiovani.
Por conta do Regimento Interno da Assembleia Legislativa, a sessão foi suspensa (deixou de ser transmitida pelo YouTube), enquanto, Dgiovani discursava sem a farda. O vereador Eliel Miranda (PSD), que também é guarda municipal e o principal apoiador da reivindicação salarial, participou da sessão com o uniforme da corporação.
“A sessão foi suspensa por esse motivo, o presidente (Paulo Monaro) está correto por conta do Regimento fornecido. Instrutores, presidente da guarda, amigos que estão chegando agora pelo concurso. Eu lembrei o prefeito Rafael Piovezan que às vezes tem engrenagens que não funcionam porque não querem funcionar”, discursou Eliel Miranda.
Os vereadores demonstraram apoio aos guardas municipais. Esse benefício salarial é concedido a trabalhadores que exercem uma atividade perigosa e está embasado pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Os patrulheiros querem um encontro com o secretário de Governo, da Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste. O vereador Reinaldo Casimiro comentou sobre a união dos patrulheiros e alfinetou a prefeitura dizendo que há uma “inércia”.
“Nós vimos aqui os guardas com a classe unida buscando uma conversa com a Secretaria de Governo. Valorização não é tapinha nas costas, comprar fardamento e viatura. Valorização é o capital humano é o maior investimento que uma gestão tem de fazer, de quem acorda cedo e não sabe a hora que vai dormir. Aí fora a bandidagem está solta (…) Tem hora que a gente vê uma inércia muito grande de pessoas gigantes que se apequenam e isso não é bom para a totalidade”, disparou o vereador Celso Ávila (PV).
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