
O transporte público municipal de Santa Bárbara segue paralisado. A decisão veio durante uma reunião realizada na tarde desta sexta-feira (11), entre a Prefeitura e a empresa concessionária Nova Via. A administração afirma que está realizando todos os esforços necessários para a retomada do serviço o mais rápido possível.
Durante o encontro entre os representantes da Executivo e da Nova Via, as partes discutiram alternativas para restabelecer o equilíbrio contratual. A Administração afirmou que se coloca à disposição para colaborar com a manutenção da operação, enquanto a empresa destaca a necessidade urgente de uma solução diante do quadro financeiro classificado como crítico.
Segundo a Prefeitura, a expectativa é que o serviço seja normalizado em breve, embora ainda não haja definição sobre os reajustes tarifários ou outras medidas concretas. A Administração também se comprometeu a analisar todas as propostas apresentadas e, no prazo de até 60 dias, buscar uma alternativa que cause o menor impacto possível à população, com tarifas justas e compatíveis.
Desde o início do ano, a Prefeitura afirma manter diálogo com a empresa e representantes do setor, com reuniões pautadas pela transparência e pela apresentação de estudos técnicos. No entanto, a situação se agravou nos últimos dias após a empresa Nova Via informar ao Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Americana e Região que não teria condições para pagar os salários dos funcionários na data prevista.

ENTENDA O CASO
De acordo com o presidente do sindicato, Claudemir Alves, os profissionais deveriam ter recebido os vencimentos na segunda-feira (7), quinto dia útil do mês, mas foram surpreendidos por uma notificação da empresa no dia 2, alegando incapacidade de pagamento. A Nova Via também alertou sobre a possibilidade de demissões em massa, resultado do desequilíbrio econômico do contrato com o município, e da ausência de reajustes tarifários desde 2021.
A empresa afirma ainda ter encaminhado diversos ofícios à Prefeitura, sem retorno satisfatório. Diante disso, o sindicato protocolou um pedido de esclarecimento na Câmara Municipal e na sede do Executivo, solicitando uma reunião com o prefeito Rafael Piovezan (PL) e o presidente da Câmara, vereador Kifú (PL). Um encontro foi realizada com um grupo de vereadores na última segunda-feira (7), mas, segundo o sindicato, até a noite desta sexta-feira, não haviam sido tomadas providências efetivas.