sexta-feira, 26 abril 2024

Sem visitas, museu da imigração de Santa Bárbara passa por reforma

O Museu da Imigração, um dos mais importantes espaços culturais de Santa Bárbara d’Oeste, passa por intervenções estruturais durante o período em que –  por conta da pandemia – as visitações estão suspensas. 

O imóvel, que guarda a memória das famílias norte-americanas que se estabeleceram na região no final do século 19, é um patrimônio arquitetônico único: inaugurado em 1896, o edifício foi sede a Câmara e Cadeia da cidade. 

O museu já conta com novo sistema de climatização e combate a incêndio; as portas e janelas de época estão sendo restauradas e todos os detalhes em madeira passam por tratamento. Peças danificadas são substituídas. Até o fim das obras, o espaço ainda vai contar com um novo sistema elétrico de iluminação expográfica. 

Por meio de uma parceria com o Centro de Documentação Histórica da Fundação Rom – instituição que controla o maior acervo documental sobre a cidade – o museu vai contar com painéis maiores e textos atualizados, contando em detalhes a evolução da urbe. 

Tecnologia moderna para o resgate e a preservação de um conteúdo histórico inaugurado há mais de 30 anos. 

As intervenções contam com recursos do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), órgão de controle governamental que disponibilizou verbas por meio da abertura de um edital de modernização de centros culturais do segmento, em todo o País. Santa Bárbara recebeu R$ 100 mil do governo federal, e entra com uma contrapartida de outros R$ 60 mil. A revitalização estará pronta em dezembro. 

A nova cara do Museu da Imigração vai destacar a imponência do Centro de Atendimento ao Turista, que engloba o Centro de Memória e a Casa do Artesão, localizados do outro lado da Rua João Lino, e ligados ao museu por meio de uma plataforma planejada de circulação de pedestres. O complexo se firma como a maior atração do Centro. 

INAUGURAÇÃO FOI EM 1988 

O Museu da Imigração foi fundado em janeiro de 1988, a partir do acervo disponibilizado pela Fraternidade Descendência Americana, organização da sociedade civil responsável pela administração do Cemitério do Campo (onde foram sepultados os corpos dos primeiros imigrantes).  

O espaço é   subordinado ao governo municipal e promove exposições e outros eventos educativos. O acervo conta com objetos e documentos relacionados à saga norte-americana por estas terras. Há porcelanas, indumentárias, panelas, acessórios, móveis. 

O museu é uma espécie de projeção de época do cotidiano dos imigrantes, essenciais para a modernização de técnicas agrícolas e para o desenvolvimento industrial da região.  

O circuito expositivo conserva-se hoje ainda próximo de sua concepção original. É dividido em oito salas, abordando temáticas variadas.  

O prédio já passou por intervenções importantes em meados da primeira década dos anos 2000, quando o edifício foi fechado à visitação para troca do telhado, implantação de calhas e descupinização 

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também