O Senai Americana (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) se prepara para receber, a partir de agosto, os primeiros alunos na retomada das aulas presenciais do ensino profissionalizante. A diretoria local já adota um protocolo de medidas – critérios de saúde e segurança – comuns para todas as 738 unidades operacionais do serviço em todo o Brasil.
De acordo com o diretor da unidade de Americana, os primeiros alunos do retorno serão justamente aqueles que – prestes a se formarem – tiveram de abandonar o curso por conta da quarentena decretada. Cerca de 200 alunos encontram-se no grupo.
A partir deles, voltarão às aulas, gradativamente, todos os outros alunos dos cursos profissionalizantes de formação inicial e continuada.
SAÚDE | Totem com álcool em gel para a higienização de alunos já instalado na unidade
Ao contrário das escolas convencionais das redes pública e privada, o ensino profissionalizante é reconhecido como integrante do setor de serviços e, por conta disso, deve ter a autorização para o regresso antecipado, seguindo, naturalmente, os decretos governamentais que ordenam os municípios de acordo com os estágios de controle da pandemia.
De acordo com Marcelo Virgílio, diretor do Senai Americana, a unidade está pronta e equipada para seguir as normatizações técnicas da própria OMS, garantindo espaço mínimo entre alunos e nova disposição de equipamentos. “Em momento nenhum a escola vai estar lotada”, resume.
Se uma turma tem 16 alunos, por exemplo, ela será dividida em duas, para aulas em espaços específicos. A unidade vai receber adequações físicas, e todos os espaços comuns terão um trabalho especial de higienização e desinfecção.
MAIS ESPAÇO | As mesas já estão com nova disposição
“Apesar do ensino à distância ser perfeitamente viável para certos conteúdos teóricos, o ensino profissional exige etapas presenciais, para o desenvolvimento de habilidades específicas em oficinas e laboratórios. E elas vão acontecer, seguindo as recomendações internacionais que orientam o retorno seguro à escola”, afirma.
Todos os departamentos regionais seguiram um documento elaborado por médicos do trabalho, epidemiologistas, engenheiros de saúde e segurança no trabalho e psicólogos, entre outros especialistas.
SESI
Também no Sistema S, as escolas do Sesi na região se equipam para o retorno gradativo às aulas presenciais, com adaptação física e regras claras de isolamento. Mas a direção regional entende que, no momento, com a indefinição sobre o controle da pandemia na cidade, a educação vai seguir focada no ensino à distância.
A VOLTA PROGRAMADA
– Aulas em laboratórios terão número reduzido de alunos.
– Estudantes serão orientados sobre precauções individuais, como o uso de máscaras, lenços umedecidos, saquinhos de lixo para descarte de materiais usados, álcool em gel e recipiente próprio para água.
– Em cursos técnicos e profissionalizantes, serão definidas quais matérias precisam de etapas presenciais obrigatórias.
– Serão executadas mudanças físicas em cada estabelecimento, seguindo regras para distanciamento mínimo entre as mesas e disposição entre equipamentos.
– Nas áreas comuns serão instalados totens com álcool em gel, por exemplo, e sinalização informativa, além de cuidados essenciais com desinfecção e limpeza, antes e depois das aulas.
– Cada colégio vai estabelecer suas regras para a interação entre professores e alunos.
– Precisa haver regras para o uso de banheiros coletivos e circulação ordenadas pelos corredores para manter o afastamento.
– A escola vai identificar grupos de risco e definir quem, e com que frequência, pode voltar às aulas presenciais. Os alunos devem ter a atenção integral de profissionais que monitorem suas temperaturas ou estado de saúde.
SAIBA MAIS
O Sieessp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo) informa que os estabelecimentos já estavam preparados para o retorno das aulas presenciais em agosto. Segundo o diretor Benjamin Ribeiro da Silva, os colégios têm plenas condições de implementar imediatamente os procedimentos de segurança, higiene e saúde para a volta imediata de 20% dos alunos.