sexta-feira, 19 abril 2024

Servidores dizem não e dão aval à judicialização

A primeira negociação de campanha salarial do prefeito Chico Sardelli (PV) com os servidores municipais de Americana deve ir parar na Justiça. Isso porque a categoria rejeitou a contraproposta da prefeitura durante assembleia virtual realizada na semana passada e autorizou o sindicato a judicializar os pedidos feitos pelos trabalhadores.

Os representantes dos servidores apresentaram no fim de janeiro uma lista com 19 demandas ao prefeito, iniciando a campanha salarial de 2021. Entre elas, duas tratavam da reposição da inflação de 2019 – não concedida no ano passado por conta da pandemia – e de 2020, totalizando cerca de 9% de reajuste.

Na contraproposta, o prefeito argumentou que essas demandas não poderiam ser atendidas por conta de legislação federal referente ao combate à pandemia, que vedou qualquer reajuste salarial ou concessão e majoração de benefícios até o final de 2021. O documento foi disponibilizado na íntegra para os servidores, que tiveram quatro dias para votar em assembleia virtual.

Participaram da votação 452 servidores. Em relação à proposta, 79,9% rejeitaram e 20,1% aceitaram. Em relação a autorizar o sindicato a promover ações judiciais e inclusive paralisação das atividades em caso de rejeição da proposta, 89,1% dos servidores autorizaram e 10,9% foram contra.

Na semana passada, o presidente do sindicato, Toninho Forti, disse ao TODODIA que, caso houvesse aval da categoria, vários pontos da proposta seriam judicializados. Em nota publicada pela entidade após a assembleia, ele sinalizou novamente que essa será a medida adotada pela categoria.

“Agora que temos coletada a vontade dos trabalhadores, a diretoria junto ao Jurídico irá tomar as devidas providências para ser feita a vontade do servidor. Infelizmente a prefeitura não atendeu de forma satisfatória os anseios do funcionalismo e começaremos uma nova luta. Em breve traremos mais detalhes”, afirmou o presidente.

Questionada sobre o resultado da assembleia, a prefeitura tornou a argumentar que os pedidos dos servidores não poderiam ser atendidos.

“A prefeitura entende que é um direito do sindicato (entrar na Justiça), mas ressalta ter feito a proposta com base nas limitações legais e econômicas atuais”, trouxe a nota.

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