Os trabalhadores da Prefeitura de Hortolândia que atuam nos Caps (Centro de Atenção Psocissocial), unidades de atendimento da Rede de Atenção Psicossocial do município, participam de uma formação em suporte básico de vida. O curso tem como objetivo oferecer capacitação para que estes profissionais atuem de forma imediata em situações que ofereçam risco de vida aos usuários dos Caps, enquanto o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) é acionado.
O curso é aplicado pelo profissional de referência técnica em enfermagem da Prefeitura, Renato Lopes Machado, que é enfermeiro, pós-graduado em urgência e emergência, e tem especialização em atendimento pré-hospitalar. “Nos Caps, os pacientes têm comprometimento neurológico ou psiquiátrico. Algumas situações são comuns entre eles, como a ocorrência de convulsão, e uso de medicamentos.
Há também questões como abuso de álcool, por exemplo. São situações que podem evoluir para sintomas mais graves, como parada cardiorespiratória. Por isso, é importante que os profissionais que lidam no dia a dia com os pacientes dos Caps tenham orientações de como agir enquanto o socorro é acionado”, destaca Machado.
Recentemente, profissionais de enfermagem das unidades de urgência e emergência do município, como UPAs-24h (Unidades de Pronto Atendimento), Hospital Municipal Mário Covas e Samu, participaram de um curso de capacitação em saúde mental, para a oferta de atendimento mais humanizado e integrado aos pacientes psiquiátricos em crise. Com isso, a rede de atenção psicossocial passou a contar, também, com suporte especializado das unidades de urgência.
REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
Em Hortolândia, a rede de atenção psicossocial é consolidada em atendimentos que acontecem nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e nos Caps (Centros de Atenção Psicossocial). Nas UBSs, há uma equipe multidisciplinar, composta por enfermeiros, agentes comunitários de saúde, técnicos de enfermagem e médicos, que auxiliam na estruturação do atendimento em saúde e acompanham os pacientes.
Após o diagnóstico, os casos mais graves são conduzidos para o Caps (Centro de Atenção Psicossocial), onde recebem tratamento, como terapias e oficinas, além de acompanhamento médico, terapia ocupacional, assistência social e psicológica. Crianças e jovens com idade até 18 anos passam por atendimento no Caps Infantil. No Caps Vida, são atendidas pessoas com mais de 18 anos, com neuroses e psicoses. Já no Caps AD (Álcool e Drogas), o atendimento é voltado para dependentes químicos. As três unidades atendem de portas abertas, ou seja, não é necessário encaminhamento médico para procurar atendimento.