Os servidores municipais de Limeira não aceitaram a proposta oferecida pelo prefeito Murilo Félix (Podemos) na manhã desta quinta-feira (3), mas decidiram suspender a paralisação e manter o ‘estado de greve’.
O intuito dos sindicatos que representam os servidores é esperar o fechamento do mês e, no início de maio, voltar a conversar com o Executivo a fim de retomar as negociações. Caso não tenham os pedidos atendidos novamente, devem voltar com a paralisação.
Um dos motivos apontados pelos servidores para interromper a paralisação foi a determinação de Félix, por meio de uma portaria, para descontar os dias de ausência dos servidores do vencimento mensal.
Todo o efetivo deve retornar ao trabalho nesta sexta-feira (4), oito dias depois o início da paralisação.
A contraproposta apresentada pelo prefeito inclui reajuste do bônus de assiduidade dos professores efetivos de R$ 150 para R$ 200; reajuste de 5,06% no vale-alimentação para servidores que recebem até três pisos, passando de R$ 640 para R$ 672, para os servidores que ganham acima de três pisos e atualmente não recebem o benefício, início do pagamento de R$ 200 de vale-alimentação; reajuste de 5,06% no salário dos servidores; e para o quadro do magistério, reajuste de 3,44% retroativo a janeiro e 1,62% a partir de março, totalizando 5,06%.
Os sindicatos, em contrapartida, alegam que bônus não seria valorização de funcionários, já que parte dos servidores não poderão recebê-lo. As entidades entendem que a proposta do governo mantém a política de diferenciação entre os trabalhadores, o que perpetuaria a lógica de segregação e submissão.
A proposta precisa ainda ser enviada para Câmara de Vereadores e precisa ser aprovada pelos parlamentares para entrar em vigor.
