Conjunto de reservatórios naturais, o Sistema Cantareira começa hoje a liberar um metro cúbico por segundo a mais de água para o abastecimento público da região, aumentando assim o volume do Rio Atibaia de 6 m³/s para 7 m³/s no posto de controle dos Comitês PCJ (Comitês das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), em Valinhos.
O ponto de captação é utilizado para medir o volume de água destinado ao Rio Piracicaba, que abastece Americana e região. A maior liberação de água está sendo adotada para manter a vazão do Rio Piracicaba em níveis adequados para garantir o abastecimento público com o início do período da estiagem, como explicou Paulo Tinel, coordenador adjunto da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico dos Comitês PCJ.
“O aumento ou a diminuição da vazão vai muito em função da estiagem. Quanto maior for o período seco, maior a necessidade de descarga do Sistema Cantareira. Podemos, se preciso, chegar a até 10 m³/s em Valinhos, como previsto na outorga do Sistema Cantareira”, disse.
O aumento da descarga, no entanto, não ameaça o Cantareira, que ontem registrou um volume útil armazenado de 549 milhões de m³ de água. Apesar de o número representar 55,9% do total do sistema, o Cantareira está com volume de água quase 11% maior do que no mesmo período de 2018. “Como nós não conhecemos a extensão da estiagem, a recomendação é que se faça o uso da água com parcimônia. Mas, no momento, não existe risco de desabastecimento”, garantiu Tinel.