sexta-feira, 19 abril 2024

Sistema Cantareira está perto do nível de alerta

Membros do Consórcio PCJ (das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) emitiram um alerta sobre a situação crítica das chuvas e das vazões nos rios que compõem as Bacias PCJ, com queda preocupante nos níveis de água armazenados no Sistema Cantareira.

O sistema é um conjunto de represas na região de Nazaré Paulista, considerado uma espécie de “caixa d’água” dos municípios da Bacia do Rio Piracicaba, e que abastece 7,5 milhões de habitantes por dia em cidades do Estado, segundo a ANA (Agência Nacional de Águas).

Segundo monitoramento diário feito pela Sabesp (Companhia de Saneamento de São Paulo), ontem o Sistema Cantareira terminou o dia armazenando 41,07% da sua capacidade. Quando esse volume é igual ou inferior a 40%, o que não acontece desde janeiro, o sistema entra em “alerta” – o que deve ocorrer durante a próxima semana, já que a redução no volume de água tem sido diária. Há um mês, em 1º de outubro, o nível do Cantareira estava em 46,94%.

VAZÃO BAIXA

O coordenador de Projetos do Consórcio PCJ, José Cézar Saad, explicou que o registrado no ano passado nessa mesma época, quando os reservatórios tinham um armazenamento de 34,2%. Entretanto, de acordo com Saad, o que preocupa este ano em relação ao Sistema Cantareira é a vazão de afluência natural, ou seja, a quantidade de água que os rios formadores das represas do sistema levam ao reservatório.

“O volume pluviométrico (quantidade de chuva) está muito abaixo da média. Além disso, as chuvas ocorrem de forma concentrada, impossibilitando que a água infiltre no solo e recarregue o aquífero, responsável por manter a vazão do rio durante o período seco. E nesse momento os rios estão com vazões muito abaixo da média histórica”, comentou Saad. Diante deste cenário, o coordenador de projetos da entidade ressaltou que está sendo feita uma análise comparativa de chuvas e vazões nos rios das Bacias PCJ dos anos de 2013, ano em que antecedeu a maior estiagem já registrada no Estado de São Paulo, e deste ano de 2019.

A avaliação tem a finalidade de identificar possíveis semelhanças pluviais e, consequentemente, tentar prever como será o período de estiagem em 2020, como forma de preparar os municípios para o caso de uma nova escassez. Ainda no encontro em Americana, o Conselho Fiscal reforçou a importância dos municípios seguirem as 22 metas de sustentabilidade hídrica, estabelecidas pelo Consórcio PCJ, que destacam ações necessárias para a garantia da segurança hídrica, uma vez que as médias de chuva estão abaixo da média histórica.

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