Com notas acima de nove, cinco alunos da rede pública de ensino da região foram selecionados para participar do Programa Prontos Pro Mundo, com destinos para Austrália, Reino Unido, Irlanda e Nova Zelândia. A Secretaria da Educação de São Paulo prevê investir aproximadamente R$ 85 milhões no projeto. O embarque está previsto para o primeiro semestre de 2026, conforme indicado no edital.
Viagem marcada para a Austrália
Ocupando a 25ª posição no ranking de classificados, está Sarah Bueno Gomes Pereira, de Americana, estudante da Escola Estadual Clarice Costa Conti. Ela terá a oportunidade de se aventurar na Austrália após o desempenho de 9,23 na nota da prova.
“Eu acho que só não estou tão animada porque ainda não caiu minha ficha. Na hora em que eu estiver dentro do avião, acho que vai bater ansiedade, mas espero que seja uma experiência muito legal, conhecer uma cultura nova, um país novo. Nunca saí do Brasil, nunca fiz esse tipo de viagem, então será uma experiência única”, comenta Sarah.
Classificados na região
Americana conquistou dois aprovados: Sarah, que vai para a Austrália, e Vinicius Yuji Vinciguera Iwata, que irá para o Reino Unido. Campinas também registrou dois aprovados, com destinos para Irlanda e Reino Unido, enquanto Limeira teve um aluno classificado para a Nova Zelândia.
“É um processo muito importante, onde o aluno consegue ter uma experiência fora do país com tudo pago. Eles vão ficar lá três meses, morar em uma casa de família, estudar e fazer conexões, além de aprender inglês, que é o grande propósito. É um programa fantástico, totalmente gratuito para alunos da escola pública”, afirma Haroldo Ramos Teixeira, coordenador da Unidade Regional de Ensino de Americana.
Processo de classificação
A seleção começa no 9º ano do Ensino Fundamental, com a prova do Saresp em novembro. O exame avalia Língua Portuguesa, Matemática e Ciências da Natureza, com maior peso nas duas primeiras disciplinas.
“Isso mostra o esforço da equipe gestora, dos coordenadores, professores e do aluno. Sarah é um exemplo de dedicação a um projeto da Secretaria da Educação. Estamos muito orgulhosos desta conquista”, destaca Osmar Azol, diretor da escola.
Podem participar apenas alunos da rede pública estadual ou municipal matriculados desde o 6º ano. Entre os 70 mil estudantes com melhor desempenho e alta frequência escolar, alguns terão acesso a um curso on-line intensivo de inglês, primeira etapa da preparação para o intercâmbio.
O programa é dividido em duas fases: a primeira ocorre no 9º ano e garante vaga no curso de inglês; a segunda é feita na 1ª série do Ensino Médio, com um ano de formação no idioma. O embarque acontece apenas na 2ª série, para alunos que cumprem todos os requisitos.
Exigências
Na Fase 1, é necessário ter pelo menos 14 anos, histórico escolar sem reprovação no 9º ano, frequência mínima de 90% e autorização dos responsáveis. Na Fase 2, é preciso manter matrícula na rede estadual, média acima de 7,0 nas disciplinas básicas, frequência mínima de 90% e bom desempenho no curso de inglês on-line. Além disso, o estudante não pode completar 18 anos antes do término do intercâmbio.
“Alunos do 9º ano vão fazer a prova do Saresp em novembro. Faça com tranquilidade, coloque todo seu conhecimento, porque vale a pena. É a chance de fazer o curso de inglês no ano que vem e, quem sabe, aumentar o número de alunos da nossa região estudando fora do país”, orienta Haroldo.
Cursos
No programa, cada aluno é nivelado de acordo com seu conhecimento de inglês, garantindo turmas compatíveis — básico, intermediário ou avançado. As aulas são adaptadas ao nível da turma, proporcionando aprendizado mais rápido e seguro, focado no desenvolvimento linguístico.
“Eu já tinha alcançado o terceiro nível no nono ano, então não seria um problema. A prova foi difícil, mas consegui”, comenta Sarah.
Despesas pagas pelo estado
O programa é 100% gratuito, incluindo passagens, hospedagem, documentos, traslados, aulas e uma bolsa-auxílio para despesas pessoais. Todas as despesas são custeadas pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. “Quando fiquei sabendo, conversei com meus pais, expliquei todas as regras e eles ficaram mais calmos. É um programa do governo, totalmente pago, sem riscos”, comenta Sarah.
