terça-feira, 26 agosto 2025
MEDIDA PROTETIVA

Sumaré tem primeira mulher com app ‘Botão do Pânico’ instalado no celular

Aplicativo gratuito pode ser obtido por toda vítima que tenha medida judicial contra seu agressor
Por
Vagner Salustiano

A Prefeitura de Sumaré fez na última quarta-feira (20), em pleno “Agosto Lilás”, o primeiro cadastro no aplicativo gratuito “Ana”, conhecido como “Botão do Pânico”. Trata-se de uma mulher que sofre ameaças do ex-marido e possui medida protetiva – e que não teve sua identidade revelada por motivos de segurança.

Alívio
Para a vítima, a ferramenta traz alívio. “Eu estava com medo, mas agora me sinto acolhida e protegida. Saber que basta um toque para receber ajuda traz uma tranquilidade enorme. Agradeço à Prefeitura e a todos os envolvidos por esse apoio”, afirmou.

O aplicativo é voltado exclusivamente para mulheres que já possuem medida protetiva judicial. Em casos de ameaça ou agressão, o app permite o acionamento imediato da Guarda Civil Municipal com apenas dois toques no celular, bem como da equipe de apoio da Secretaria da Mulher e da Família de Sumaré.

Aplicativo fica instalado no celular da mulher que possui medida protetiva. Foto: Vagner Salustiano/TV TODODIA

Localização em tempo real
Além do alarme que dispara no Centro de Controle da corporação municipal, o aplicativo fornece a localização da vítima em tempo real, facilitando sua localização pelas guarnições. O aplicativo foi desenvolvido pelo GCM paulinense Diogo Ferreira e já está em uso em cerca de 70 municípios paulistas.

Em Sumaré, a chegada do recurso foi mediada pelo secretário de Segurança e comandante da Polícia Municipal, Jeverson Eclair Soares. O secretário de Segurança da cidade falou sobre a finalidade da nova ferramenta. “As mulheres ganham com atendimento por equipes especializadas das secretarias de Segurança e da Mulher”, afirmou.

Uma vez acionado, app dispara alerta sonoro na sala de controle da corporação. Foto: Vagner Salustiano/TV TODODIA

Informações completas
Segundo Jeverson, o aplicativo fornece dados completos para os guardas municipais, facilitando o atendimento da ocorrência. “Uma vez acionado o ‘Botão do Pânico’, aparece para nós quem é a solicitante, sua foto, a foto do agressor, a residência da solicitante e o local onde ela acionou o botão. Imediatamente uma viatura se desloca para dar esse atendimento quanto antes”, acrescentou.

O comandante reforçou que toda mulher que possui uma medida protetiva pode ter também o aplicativo em seu celular. “Vamos cadastrar o maior número possível de mulheres em situação de vulnerabilidade”, garantiu.

Como o acionamento da corporação é feito em tempo real, a Secretaria de Segurança promete um socorro rápido às mulheres sob risco de agressão. “O atendimento será imediato. Acreditamos que no máximo em 8 a 10 minutos até chegarmos ao local do acionamento”, completou.

Por fim, Jeverson acredita que o aplicativo do “botão do pânico” traz maior sensação de segurança às mulheres sob risco de agressão doméstica.

Autoridades ressaltam aplicativo

A secretária da Mulher e da Família, Fernanda Pusch, também ressaltou o avanço. “É um passo muito importante para trazer mais segurança e tranquilidade às mulheres de Sumaré. O botão do pânico garante que elas não estão sozinhas e que o poder público está pronto para acolher e proteger”, disse.

O prefeito Henrique do Paraíso destacou que a cidade está comprometida em proteger suas cidadãs. “As mulheres de Sumaré devem se sentir acolhidas e seguras. Não vamos admitir violência e seguiremos investindo em políticas públicas que reforcem a proteção, a dignidade e a tranquilidade das nossas moradoras”, completou.

Cadastro é feito na sede da “Polícia Municipal”, na Rua Ângelo Ongaro. Foto: Vagner Salustiano/TV TODODIA

Como obter o app?

O cadastro das interessadas em ter o aplicativo no seu celular deve ser feito presencialmente na Secretaria da Mulher e da Família (Rua Dom Barreto, nº 1.377, no Centro) ou na sede da Polícia Municipal (Rua Angelo Ongaro, nº 30, no Centro). Além da medida protetiva expedida pela Justiça, é necessário apresentar documentos pessoais e eventuais boletins de ocorrência anteriores.

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