O Tribunal do Júri do Fórum de Sumaré condenou nesta quinta-feira, (28) César Francisco Moranza Júnior, de 54 anos, a 83 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de sua ex-namorada, Fernanda Silva Bim, de 44 anos, e do filho dela, Maurício Silva, de 24 anos.
Após a condenação pelos sete jurados, o juiz determinou a pena de 83 anos e 13 dias de prisão em regime inicialmente fechado. Ele já estava preso preventivamente.
Pedido por justiça
Familiares e amigos das vítimas acompanharam todo o julgamento, com camisetas brancas e pôsteres pedindo justiça. Segundo o advogado do réu, Rodolfo Pettená Filho, a presença dos familiares teria influenciado os jurados, bem como o juiz, na aplicação de uma pena “muito acima dos parâmetros legais”.
“A pena de 86 anos ficou bem acima do mínimo legal. A votação dos jurados foi manifestamente contrária às provas dos autos. Portanto, já dei entrada com recurso de apelação junto ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo em busca da absolvição ou redução da pena do César Moranza Filho. E, caso seja necessário, recorremos também para os Tribunais Superiores em Brasília”, afirmou o advogado de defesa.
Relembre o caso
O crime aconteceu em outubro de 2023, na Vila Santana, em Sumaré. César é neto do ex-prefeito de Sumaré Aristides Moranza.
Ele respondia por duplo homicídio, tentativa de homicídio contra a ex-sogra, de 67 anos, além de ocultação de cadáver e furto. Mãe e filho eram moradores do Jardim Amanda, em Hortolândia.
Segundo o Ministério Público, César teria atraído mãe e filho para uma casa vazia, onde disparou contra eles com um revólver calibre 32. Os corpos foram encontrados esquartejados, em canavial situado em Santa Bárbara d’Oeste. O acusado teria confessado o crime ao ser preso.
Crime teria ocorrido após cobranças de dívida
Segundo a denúncia, a motivação estaria ligada a uma dívida que César possuía com Fernanda e às constantes cobranças que recebia. A mãe dela também foi atacada com golpes na cabeça, mas sobreviveu.
Outro envolvido no caso, Aristides Moranza Neto, de 41 anos, primo do réu, responde apenas por ocultação de cadáver.
A promotora Mariana de Melo Saraiva Marangoni descreveu o crime como cometido por motivo torpe, com emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas.
Agora condenado, o réu segue preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Hortolândia.
