A Justiça de Sumaré manteve presa a mulher de 36 anos que matou o companheiro com um golpe de chave de fenda no peito durante uma discussão no final da tarde do último domingo (12), na Rua Manágua, no Parque das Nações, na Área Cura, em Sumaré.
Audiência de custódia
A decisão foi tomada na segunda-feira (13), em audiência de custódia no Fórum da cidade – dia seguinte à prisão em flagrante da suspeita pela Polícia Militar. O caso é investigado como homicídio doloso.
A prisão temporária de 30 dias prorrogáveis por mais 30 (por se tratar de um crime hediondo) vale durante o inquérito policial, para garantir o andamento das investigações por parte da Polícia Civil. Ela segue presa na Cadeia Feminina de Monte Mor.
Legítima defesa
Em depoimento preliminar à Polícia Civil, a suspeita alegou legítima defesa durante uma situação de violência doméstica que sofria no momento do crime.
Durante o atendimento da ocorrência de violência doméstica pela PM, por volta das 17h30 de domingo, a mulher foi encontrada ensanguentada, ao lado do companheiro ferido. O sangue era de Júlio Cesar Alves Nascimento, de 41 anos. Ela desferiu um único golpe fatal com a chave de fenda, no peito de Júlio Cesar.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas ao chegarem à residência os socorristas constataram que ele já estava morto.
Aos policiais militares, ainda ao lado do corpo da vítima Júlio César, a mulher contou que “estava brigando com seu companheiro e, em determinado momento, entrou em luta corporal e perfurou o peito dele com uma chave de fenda que estava em sua posse. Foi um golpe apenas”.
Ao ser presa em flagrante, ela não apresentava lesões aparentes, mas ainda passaria por exame de corpo de delito. A Polícia Civil também realizou perícia técnica no imóvel e apreendeu a arma do crime.
Ferramenta que tinha em mãos
Já em seu primeiro depoimento à Polícia, logo após ser levada à Delegacia do Município, no Centro, a suspeita alegou novamente que estava sendo agredida pelo companheiro, e que por isso revidou com a ferramenta que tinha em mãos.
Segundo a Polícia Civil, o casal vivia uma relação com idas e vindas. “Ela declarou que vivia em união estável com a vítima. No dia horário local dos fatos, se desentenderam e ele partiu para cima dela agredindo-a. Para se defender, ela pegou uma faca, mas ele a retirou de suas mãos. Ela se apossou (então) de uma chave de fenda e ‘cravou’ no peito dele, alegando legítima defesa”, informou a Polícia Civil, que segue investigando o caso.
