terça-feira, 23 abril 2024

Projeto obriga BRK a instalar geradores para evitar falta d’água em Sumaré

Cidade chegou a ficar uma semana seguida sem água e um dos motivos alegados pela concessionária foi a falta de energia no ponto de captação

WILLIAN SOUZA | Projeto de lei contra a falta de água (Foto: Divulgação)

A frequente falta de água em Sumaré motivou um projeto de lei, protocolado na Câmara, que visa obrigar a BRK Ambiental, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto, a instalar geradores elétricos nos pontos de captação de água.

A propositura é de autoria do presidente da Câmara, vereador Willian Souza (PT), que a protocolou nesta terça-feira (8).

No último dia 28 de fevereiro, a concessionária informou que a falta de energia elétrica no ponto de captação de água Horto I afetou o abastecimento de água na cidade. No dia 2 de maio, a concessionária comunicou a falta de água mais uma vez em razão da falta de energia nas captações de água bruta nos pontos Horto I e II.

O projeto do vereador do PT visa obrigar a concessionária a instalar os geradores elétricos para evitar prejuízos à captação de água em casos de instabilidade ou interrupção no fornecimento de energia.

“De 2017 até 2020, a BRK arrecadou 336 milhões de Reais. Se uma empresa faz uma arrecadação dessa quantidade, tem dinheiro para fazer o investimento”, disse o vereador Willian Souza.

A propositura, que tramita pelas comissões da Casa, alerta que as interrupções de energia elétrica chegam a deixar dezenas de bairros sem abastecimento de água de uma só vez. “Com milhares de pessoas em pouquíssimo tempo, alongando-se muitas vezes a interrupção por mais de 36 horas, entramos em caos sanitário, uma vez que a água é um bem essencial”, diz o texto do PL.

O vereador destacou que a cidade passou por dois feriados consecutivos com falta de água. “A alegação é somente a falta de energia nas captações. Quando conversamos com a CPFL, eles falam que a energia volta em cerca de uma hora. Agora quando vai ligar a água leva muito mais”, comentou.

A reportagem entrou em contato com a BRK para comentar o projeto, mas não recebeu resposta até o fechamento desta reportagem.

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