A Estação de Tratamento de Água (ETA) do Centro de Sumaré recebeu uma investigação nessa sexta-feira (23). Vereadores constataram que a concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto no município, a BRK Ambiental, está descartando resíduos oriundos do tratamento de água em tubulações fluviais da cidade.
As atividades da empresa estão sendo investigadas desde a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara Municipal, em março desse ano. O grupo responsável pelas averiguações é composto pelos vereadores: Digão (União Brasil), Lucas Agostinho (União Brasil), Ney do Gás (Cidadania), Pereirinha (PSC), Rudinei Lobo (PL) e Willian Souza (PT).
De acordo com os parlamentares municipais, essa maneira de descarte encontrada durante a visita resulta no retorno de produtos químicos ao meio ambiente.
O manejo inadequado de resíduos dessa natureza pode representar risco à saúde pública e ao ecossistema local. A prática vai contra as normas e regulamentações vigentes.
O presidente da CPI, vereador Willian Souza, explicou que “o lodo decorrente das ETAs pode causar diversos problemas quando não é devidamente gerenciado. Alguns dos principais problemas associados a esse resíduo são poluição da água; o rápido crescimento de algas, que consomem o oxigênio disponível na água, causando a morte de organismos aquáticos e desequilibrando o ecossistema; a contaminação do solo; a propagação de doenças; além do impacto estético e odor”, afirmou.
William ainda reforçou que é fundamental que o descarte e tratamento do lodo das ETAs siga as normas e regulamentações ambientais. “Dessa forma, será possível prevenir esses problemas e minimizar os impactos negativos para o meio ambiente e para a saúde pública”, complementou.
A CPI convocou, na última quinta-feira (22), uma reunião com a BRK Ambiental, em que foi explicado o Plano Municipal de Saneamento. A apresentação aconteceu no plenário da Câmara. Foi a segunda convocação que a concessionária recebeu para prestar esclarecimentos à comissão.