sábado, 27 abril 2024

Superendividamento atinge 151 mil pessoas na região

As cidades da região – Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia – possuem, juntas, cerca de 151 mil moradores superendividados.

Os dados foram tabulados pela Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas), que tomou como base projeções do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

Entre 2018 e 2019, a população desta região aumentou em 11,6 mil habitantes – de 995 mil para 1,06 milhão – e pelo menos 1,5 mil pessoas passaram a fazer parte do grupo de pessoas que não conseguem de forma alguma quitar suas dívidas.

O chamado “superendividamento” acontece quando o consumidor adquire dívidas que superam sua renda e seu patrimônio. É diferente de pagar prestação.

O superendividado não consegue sair da situação sem comprometer custos relacionados à sua própria subsistência, como a alimentação. “São pessoas que têm a dívida acumulada e não têm como sair do buraco”, diz o economista da Acic, Laerte Martins.

O estudo leva em consideração que 15% da população de cada cidade vive o drama. Para Laerte, os números são reflexo da crise econômica, que nos últimos anos fez explodir o desemprego, e derrubou o poder aquisitivo das pessoas.

A situação, no entanto, complicou com a falta de disciplina da maior parte das pessoas para administrar as próprias finanças. “Se passou a ganhar menos, e não se cortaram as despesas”, resume.

Quem cai na dívida é justamente quem gasta mais dinheiro do que entra na conta. Não tem controle financeiro dos gastos. Quando ganham dinheiro, não sabem guardar. Quando percebem, estão com uma bomba nas mãos.

Mas, para o especialista, é possível sair da situação. Primeiro, é preciso ter uma vida financeira mais saudável, cortando gastos e adequando às despesas ao próprio poder aquisitivo. A partir disso, é preciso negociar a dívida com os credores. É possível conseguir um novo parcelamento da dívida, com juros menores.

“As próprias empresas oferecem acordos do gênero. Para o empreendedor é mais interessante ganhar menos do que perder tudo. O cidadão não deve ter vergonha de procurar o credor”, aconselha o economista.

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