sexta-feira, 22 novembro 2024

Sustentabilidade faz Expoflora 2019

A Expoflora, que começa neste final semana, vai reunir, até o final de setembro, milhares de visitantes. Como em todas as edições, Holambra vira a meca dos apaixonados por plantas, flores, artigos de decoração e – claro – a comida típica da colônia holandesa. São esperados pelo menos 300 mil turistas.

Há restaurantes, lanchonetes, padarias requintadas. As vitrines são tomadas por aqueles doces deliciosos, com receitas que passam de geração em geração, desde a chegada dos imigrantes. Os eventos culturais também são imperdíveis. Há paradas musicais, chuva de pétalas, danças, trajes de época.

A festa existe desde 1981 e chega em 2019 à sua 38ª edição. Nesta temporada, são 19 ambientes, montados por profissionais de arquitetura, decoração, engenharia e construção.

Cada estande oferece sugestões diversas para o uso de plantas ornamentais em ambientes externos e internos. Em casas, escritórios, empresas.

SUSTENTÁVEL

PAISAGISMO | Ambientes planejados destacam preocupação ambiental

E neste ano a atração principal – tema do evento – é a decoração sustentável. O visitante vai ter dicas de como reaproveitar objetos e materiais. É possível produzir um ambiente confortável e lindo, sem desperdiçar dinheiro.

A preocupação com o meio ambiente e reaproximação do homem com a natureza são o mote dos profissionais que participam da mostra.

A Expoflora é uma viagem por ambientes diversos: varandas, jardins, quintais, garagens, espaços gourmets. Toques que, antes de mais nada, valorizam o imóvel e fazem bem para a mente.

“A proposta de reaproveitamento não se refere apenas à economia de material. O reúso contribui também para o resgate da memória, para trazer as lembranças do passado que, hoje, aliadas às modernas soluções tecnológicas, contribuem para garantir qualidade de vida. Precisamos avançar, sempre, sem perder a segurança que as nossas raízes proporcionam”, diz Karina Tacolla, coordenadora da mostra.

A maior exposição de flores e plantas ornamentais da América Latina acontece dentro de um parque de 250 mil metros quadrados.

Há passeios turísticos orientados, lojas, parques, áreas cultivadas abertas à visitação, minissítio (para alegria da criançada).

PASSEIO É CARO, MAS TURISTA TEM OPÇÕES

TAMANCOS, AVENTAIS E BOINAS | A vestimenta típica é atração à parte

Quem já foi à Expoflora recomenda a experiência. Afinal, visitar a tradicional mostra decoração é sempre agradável demais aos olhos. No caso de Holambra, a experiência também agrada aos ouvidos e ao paladar. Não é sempre que se pode passar o final de semana comendo pratos típicos e ouvindo boa música.

Mas o turista precisa ter cuidado com o bolso. O valor individual do ingresso para a feira é pesado. Somem-se os gastos da viagem. Combustível, pedágio, estacionamento, almoço. O passeio em família, brincando, chega aos R$ 500,00. Sem contar, ainda, que muita gente vai até Holambra e se hospeda por lá, para curtir o final de semana todo de festa.

Para quem pode, compensa. Não faltam ótimas opções de hospedagem, dentro da cidade e nos arredores. Existe até hotel fazenda por lá. Mas, se a situação ainda difícil e a carteira está vazia, é bacana viajar em grupo, de lotação, levar
lanche, e optar pela ida e volta no mesmo dia. Vale a pena o sacrifício.

O acesso a Holambra, que fica a 35 km de Campinas, pode ser pela saída 134 da Rodovia D. Pedro I, onde o motorista segue pela Campinas-Mogi (SP340) até o km 141. De lá, é só seguir as placas. Para quem mora em Americana, outra alternativa é viajar até Limeira pela Anhanguera, e de lá acessar a rodovia que passa por Engenheiro
Coelho e chega a Mogi Mirim. A estrada é bem simples – em alguns pontos, até perigosa, pois passa por obras de duplicação e adequação. Mas o pedágio é bem mais em conta.

COOPERATIVA AGRÁRIA FEZ NASCER A CIDADE

Holambra, na RMC (Região Metropolitana de Campinas), é uma antiga colônia de imigrantes holandeses. Hoje a cidade tem 15 mil habitantes e responde por cerca de 50% do comércio brasileiro de flores e plantas ornamentais.

Os imigrantes chegaram ao Brasil depois da Segunda Guerra Mundial, que deixou a economia europeia em frangalhos.

Com apoio do governo brasileiro, foi inaugurada na antiga Fazenda Ribeirão uma cooperativa agropecuária com 500 lavradores.

Na década de 50, começou o cultivo de flores, que acabou virando um departamento próprio da associação e não parou mais de crescer. O núcleo urbano ganhou emancipação política em 1991, e hoje é reconhecido como estância turística.

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