quarta-feira, 24 abril 2024

Teste na barragem aprova mecanismos de emergência

Os órgãos que participaram ontem de uma simulação de rompimento da barragem do Salto Grande, em Americana, garantiram que os mecanismos de emergência estão aprovados e em funcionamento.

Em um dos principais testes – o de evacuação de funcionários das fábricas da região de Carioba – as pessoas levaram 10 minutos para chegar a um local seguro, o que equivale a 37% do tempo necessário para que a água (em um eventual rompimento da barragem) chegasse ao local, estimado em 27 minutos.

“Do ponto de vista psicológico, atendeu a expectativa. Tranquilizou muito quem está na área de possível inundação”, avalia a coordenadora da Defesa Civil de Americana, Marli Rodrigues Kiriyama.

DEFESA CIVIL

A ação foi organizada pelas Defesas Civis de Americana, Limeira, Campinas e São Paulo, CPFL Renováveis, e órgãos que prestam socorro, como Corpo de Bombeiros, 192 Samu, Polícia Militar, Guarda Municipal e Tiro de Guerra. Cerca de 300 pessoas trabalharam no simulado e outras 270 participaram das ações de evacuação.

Para o gerente de engenharia e manutenção da CPFL Renováveis, Bruno Montes, a primeira avaliação é de que o sistema de alerta funciona. “Vai ser feito um balanço e podem ser feitas melhorias, mas a avaliação prévia é de que tudo saiu como o previsto”, disse.

A Capitã Cíntia Oliveira, da Divisão de Prevenção da Defesa Civil Estadual, ressaltou a importância do simulado para o treinamento das equipes de resgate, de apoio e dos moradores e funcionários da região.

“Treinamos a comunicação dos nove municípios e, especialmente, treinamos a evacuação em Americana e Limeira, que estão na zona de auto salvamento, mais próxima à barragem onde a população tem que saber se proteger. Foi extremamente importante a participação das pessoas da comunidade para ouvirem os sinais sonoros que foram acionados, se deslocarem às rotas de fuga sinalizadas até os pontos seguros, onde receberam a assistência do Poder Público de Americana e de Limeira”, completou.

A barragem “alimenta” a PCH (Pequena Central Hidrelétrica) da empresa CPFL Renováveis. A estrutura é classificada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) como nível B de risco uma escala que vai de A (alto risco) a C (baixo).

O treinamento das equipes de socorro, de empresas e dos moradores da região será realizado anualmente, conforme prevê a lei nº 12.334/09/2010, que estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens e o Plano de Ação de Emergência (PAE).

 
Por Wagner Duarte 

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