Investimento para construção do empreendimento é de cerca de R$ 500 milhões, segundo Consimares
A futura central de tratamento de resíduos sólidos do Consimares (Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Campinas) deve gerar 1,2 mil empregos na região durante sua construção. O projeto visa a implantação de uma espécie de usina para transformação de lixo em energia elétrica. Se aprovada, a URE (Unidade de Recuperação Energética) será formada por sete cidades e o investimento para construção é estimado em R$ 500 milhões.
Da região, Hortolândia, Nova Odessa, Monte Mor, Sumaré e Santa Bárbara d’Oeste devem formar a URE.
Segundo o superintendente do Consimares, o engenheiro agrônomo Valdemir Ravagnani, a central deve gerar 200 vagas diretamente, entre operários simples, profissionais de limpeza interna, gerente, entre outros. Além destes cargos, a estimativa é de geração de 450 vagas de catadores, com 15 galpões de triagem para atender as sete cidades e cerca de 30 catadores por galpão. “No pico da construção, se for construída, pode chegar a 1200”, disse.
O superintendente estima que a construção da usina regional deve começar em um ano, no segundo semestre de 2023. A implantação e abertura de edital para contratação depende de aprovação, autorização e viabilização do Poder Público das cidades associadas ao Consimares – Capivari, Elias Fausto, Hortolândia, Nova Odessa, Monte Mor, Sumaré e Santa Bárbara d’Oeste.
Se as obras começarem em 2023, como previsto, a conclusão deve acontecer em 2026. Atualmente, o projeto já iniciou o processo de aprovação pelas Câmaras Municipais – ele já teve o aval no Legislativo de Capivari, Elias Fausto e Monte Mor. Depois da aprovação, os prefeitos devem trabalhar para a concessão dos resíduos para tratamento por meio do consórcio.
A implantação da futura URE deve acontecer em uma área industrial às margens da Rodovia Anhanguera, em Nova Odessa.
A proposta prevê que a unidade tenha capacidade para realizar o tratamento térmico diário de 650 toneladas de lixo, produzidas pela população das sete cidades associadas, que juntas, somam aproximadamente 910 mil habitantes.
A usina vai gerar 160 mil MWh/ano de energia, o suficiente para abastecer quase a metade da demanda da região, de acordo com a proposta. A energia seria vendida para abater até 75% dos custos do processamento do lixo. Atualmente, a maioria das prefeituras da região paga para destinar o lixo doméstico a aterros sanitários privados.