
Começa hoje (13) a vacinação de casa em casa contra a febre amarela na região de Santana, em Piracicaba. A Secretaria Municipal de Saúde, que já iniciou a busca ativa em bairros rurais. Elas acontecem com os agentes de saúde percorrendo as regiões em busca de pessoas que ainda não foram vacinadas.
Artemis
A região de Artemis já foi contemplada, tendo 334 pessoas imunizadas entre 26 de julho e 11 de agosto. A ação ocorre devido a confirmações de caso da doença em cidades vizinhas a Piracicaba, como São Pedro e Itirapina. Ao total já foram vacinadas 874 pessoas. Para ser vacinada, a pessoa deve apresentar um documento de identificação com foto que tenha o número do CPF ou cartão SUS e a caderneta de vacinação (caso possua).
A Secretaria reforça a importância de todas as pessoas se vacinarem, não somente quem vai viajar, contudo, as pessoas que vão se deslocar para áreas de mata, beira de rios, pesqueiros, fazer turismo ecológico, localidades de circulação viral conhecida – em humanos ou em macacos – devem redobrar a atenção e verificar suas carteiras de vacinação antes da viagem.
Vacinação nas unidades de saúde
A vacina está disponível em todas as unidades de saúde de Atenção Básica do município (UBSs e USFs (exceto na UBS Paulista), de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h e na UBS Centro (avenida França, 227, Jardim Europa) há horário estendido das 17h às 20h.
Imunização
A recomendação do Ministério da Saúde é para que crianças recebam duas doses da vacina: aos 9 meses e aos 4 anos de idade. Após os 5 anos, a vacina é aplicada em uma única dose, por toda a vida; no entanto, caso a pessoa tenha recebido apenas uma dose da vacina de febre amarela antes de completar 5 anos de idade, deverá receber um reforço.
A doença
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, de evolução abrupta e gravidade variável, com elevada letalidade nas suas formas graves. A doença é causada por um vírus transmitido por mosquitos, e possui dois ciclos de transmissão (urbano e silvestre).
No ciclo urbano, a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados. No ciclo silvestre, os transmissores são mosquitos com hábitos predominantemente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes.
No ciclo silvestre, os primatas não humanos (PNHs) – macacos, por exemplo – são considerados os principais hospedeiros, amplificadores do vírus, e são vítimas da doença assim como o ser humano, que, nesse ciclo, apresenta-se como hospedeiro acidental.
É uma doença de notificação compulsória imediata, ou seja, todo evento suspeito (tanto morte de primatas não-humanos, quanto casos humanos com sintomatologia compatível) deve ser prontamente comunicado/notificado, em até 24 horas após a suspeita inicial, às autoridades locais competentes.