As vendas do comércio varejista durante o mês de julho cresceram 10% em relação ao mês anterior, nos 20 municípios da RMC (Região Metropolitana de Campinas). A reação da economia deixa os comerciantes animados. Como a região agora integra a fase amarela do Plano São Paulo – com flexibilização maior das atividades, o setor planeja resultados melhores em agosto.
Os dados do segmento foram levantados e tabulados pela Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas), e tomou como base as consultas aos serviços de proteção ao crédito.
Naturalmente, as vendas ainda estão bem abaixo das registradas do ano passado. Houve uma queda de 15% nos negócios fechados em relação a julho do ano passado, por conta da pandemia.
Nas lojas físicas, o faturamento de julho deste ano foi de R$ 957,3 milhões. Em julho do ano passado, foi de R$ 1,132 bilhão.
Com as lojas funcionando apenas no sistema de delivery e drive-thru durante as fases laranja e vermelha, as vendas digitais do varejo (e-commerce) cresceram 35,5%, passando de R$ 55 milhões (de 2019) para atuais R$ 74,5 milhões.
No acumulado do ano atípico, as vendas do varejo na RMC tiveram perda de R$ 3,687 bilhões (entre janeiro e julho), o que representa uma queda de 20,02% em relação ao mesmo período de 2019.
Os números positivos durante a pandemia ficam por conta dos supermercados, que elevaram suas vendas em 18,35%; das drogarias e farmácias (aumento de 2,3%); e do setor de materiais de construção (31,72%). Os segmentos não sofreram impacto algum e seguiram funcionando normalmente.
SERVIÇOS EM CRISE
Os setores mais vulneráveis à crise, na avaliação do economista Laerte Martins, diretor da Acic, foram os de serviço: turismo e transportes registraram queda de 75,24%; alimentação (que incluiu os bares e restaurantes) de 55,10%; educação e comunicação de 39,20%; automotivo de 4,88%.
Nos postos de gasolina o resultado foi negativo em 27,62%. No segmento de móveis, eletros e lojas de departamentos, o faturamento caiu 0,9%.
“Para a fase amarela, é certo que todos os segmentos ainda estarão sofrendo perdas, mas bem menores que as que vinham sendo registradas”, disse.
DIA DOS PAIS
Em relação ao Dia dos Pais, na RMC, as vendas digitais (e-commerce) geraram faturamento 63,5% superior às de 2019. Nas vendas físicas, entrou em caixa 41,4% menos dinheiro do que no ano passado.
Na avaliação do economista Laerte Martins, o abono de emergência do governo federal aos desempregados e informais colaborou com a melhora do poder de compra para a data, além, naturalmente, da flexibilização maior dos horários do comércio.