O vereador de Nova Odessa, Oseias Jorge (União Brasil), usou a Tribuna Livre durante o retorno do Legislativo da cidade, para realizar uma série de questionamentos acerca de verbas do governo do prefeito Cláudio Schooder, o Leitinho (PSD), direcionadas a secretaria de Obras, Projetos e Planejamento.
O parlamentar, que compõe a base do prefeito na Câmara Municipal, questiona sobre o montante de R$ 16 milhões destinados a uma empresa e acusa a secretária de Obras, Miriam Lara Netto, de aceitar propina.
Oseias diz que não pode “compactuar com lambanças” que estão acontecendo na Prefeitura de Nova Odessa e questiona onde estão as obras pela qual a empresa tem convênio com a prefeitura e o motivo de não ter sido entregue. O vereador afirmou que dará nomes da empresa na próxima sessão, na segunda-feira (12).
“Uma empresa só de R$16 milhões e cadê as obras? (…) a Miriam vai pegar a bolsinha dela e vai embora para Sumaré com o bolso cheio”, disse o parlamentar. “R$ 16 milhões só em uma empresa que ela trouxe aqui para Nova Odessa. É a Farra do Bumba Meu Boi. Eu vou dar o nome dela aqui semana que vem”, prometeu Oseias.
De frente a uma racha entre o parlamentar e o Governo Leitinho, Oseais ainda ameaçou o secretário de Governo, Robson Fontes, que estava presente na Câmara Municipal, dizendo que vai explanar com quem “eles andam e almoçam”. O vereador ainda insinua reuniões fora da cidade, formação de grupos dentro da Administração e até mesmo reuniões com o antigo partido do ex-prefeito Bill (PL), o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira).
Confira a íntegra da fala do vereador:
OUTRO LADO
O TODODIA procurou diretamente o prefeito Leitinho, que afirmou em mensagens preferir não falar por não saber como “explicar o que aconteceu nos bastidores”. Questionamentos foram enviados também para a assessoria da Prefeitura de Nova Odessa, para ouvir a versão da secretária, mas não obteve respostas até a publicação desta reportagem. Já o vereador Oseias foi questionado na sexta-feira (9) e se contradisse dizendo que suas próprias falas são “inverídicas”. Questionado novamente neste sábado (10), desta vez com o vídeo da sessão da Câmara, ele não respondeu até o momento.