A 42ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Americana foi marcada por um embate entre vereadores durante a discussão do Projeto de Lei Antifacção e da Moção de Apelo nº 947, ambos relacionados à segurança pública.
Durante o tempo de liderança, a vereadora Professora Juliana (PT) criticou a atuação do deputado federal e secretário licenciado de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite (PP), como relator da proposta que tramita no Congresso. Segundo ela, o parlamentar apresentou o quinto texto substitutivo após receber críticas de especialistas e do governo federal.
A fala gerou reação imediata do vereador Thiago Brochi (PL), que contestou a crítica e lembrou que o deputado já havia sido homenageado pela própria Câmara com o título de cidadão americanense e que a própria parlamentar havia votado a favor da homenagem.
Moção sobre segurança acirra os ânimos
O clima ficou ainda mais tenso quando os vereadores passaram a discutir a Moção de Apelo nº 947, apresentada por Juliana. O documento pede maior rapidez na tramitação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que pretende redefinir competências federativas e criar o Susp (Sistema Único de Segurança Pública e Defesa Social).
“A vereadora está nervosa porque votou no título de cidadão americanense do Derrite, eu não tenho nada com isso, eu quero foco na moção. Ela deve estar apaixonada pela minha história na Câmara Municipal, lembrou quando era liderança, presidente”, provocou o parlamentar.
“Brochi, você não vai decidir como eu vou organizar meu raciocínio. Eu vou organizar o meu raciocínio para desconstruir o seu argumento. O senhor não está deixando eu falar a segunda frase. Eu entendo que essa coisa de ler na internet texto curto tenha prejudicado sua capacidade cognitiva, mas eu preciso concluir”, rebateu a vereadora.
Diante do impasse, o presidente da Câmara, Léo da Padaria (PL), decidiu suspender a sessão por alguns minutos. Após a retomada, a Moção de Apelo nº 947 foi votada e acabou rejeitada pelo plenário.
Aprovado o Programa Conecta 60+
Apesar do clima acalorado, os vereadores aprovaram ainda o projeto de lei do vereador Gualter Amado (PDT), que cria o programa “Conecta 60+”. A iniciativa prevê ações de inclusão digital para pessoas com 60 anos ou mais, com oficinas educativas, orientações para prevenir golpes eletrônicos e atividades que promovam autonomia e integração social.
O programa prevê parcerias com universidades, escolas técnicas, entidades do terceiro setor, órgãos públicos e voluntários capacitados. As atividades poderão ser realizadas em Centros de Convivência do Idoso, escolas municipais, bibliotecas e unidades de saúde.
