domingo, 1 junho 2025
INTERVENÇÃO POLICIAL

VÍDEO: policial é gravado agredindo namorada de homem morto por atacar agentes; comissão da OAB fala em ‘excesso’

Gabriel Júnior Oliveira Alves da Silva, de 22 anos, foi morto após atirar pedras contra os agentes
Por
Nicoly Maia e Airan Prada

Gabriel Júnior Oliveira Alves da Silva, de 22 anos, foi morto após atacar policiais com pedras na Rua Cosmorama, 180, próximo à Vila Sônia, em Piracicaba. Ele morreu atingido por um disparo na cabeça na noite de terça (1º).

Gabriel estava acompanhado por sua namorada, de 19 anos, grávida de oito meses. O boletim de ocorrência informa que ele teria resistido a uma abordagem.

Gabriel Júnior Oliveira Alves da Silva, morto por intervenção policial em Piracicaba. Foto: Reprodução/Redes sociais

Segundo o relato oficial, Gabriel pegou uma pedra e avançou em direção aos policiais militares. Sua companheira também se opôs aos agentes. “Como o indivíduo estava muito próximo, o policial Júnior César efetuou um único disparo de arma de fogo para cessar a injusta agressão contra si e contra seu parceiro”, justificou a PM no boletim de ocorrência. A arma usada foi uma pistola Glock calibre .40. 

Os policiais acionaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que levou Gabriel ao Hospital dos Fornecedores de Cana, onde a morte foi confirmada. As armas dos policiais envolvidos foram apreendidas para investigação.

ENTIDADES CITAM EXCESSO DE FORÇA POLICIAL

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Piracicaba, Gustavo Henrique Pires, que também presta assistência à família de Gabriel, acredita que houve “excesso” na ação policial. Pires relata que a instituição pode representar contra a polícia na Justiça.

O advogado Gustavo Pires concedeu entrevista à TV TODODIA. Foto: Reprodução

O Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana) manifestou repúdio aos “atos de violência praticados por policiais militares em mais um caso”. A entidade pontuou ainda que “não há medida que justifique um agente da segurança pública executar um jovem que tinha uma pedra na mão com um tiro fatal.”

O QUE DIZ A SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA

Em nota, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública) afirmou que o caso é investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios do Deic do Deinter 9. A pasta informou que a Polícia Militar também conduz um inquérito policial militar (IPM) para apurar os fatos e que “não tolera desvios de conduta ou excessos”. A secretaria ressalta que, se constatadas irregularidades, os envolvidos serão devidamente responsabilizados.

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